Este traçado, diferente do que foi apresentado no início de agosto, em Mortágua, na presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, “proporciona outras soluções ao tráfego oriundo de concelhos como Arganil, Tábua, Oliveira do Hospital e Seia”, afirmam aquelas entidades em comunicado conjunto.
Com o título “Empresários da região defendem a urgência de uma ligação entre o IP3 e a nova A13”, na zona de Ceira, concelho e distrito de Coimbra, a nota é subscrita pelas associações empresariais da Região de Viseu, de Vila Nova de Poiares e da Serra da Lousã (Lousã), Clube de Empresários de Miranda do Corvo e estrutura da ANTRAM na região Centro.
Reforçando idênticas posições tomadas nas últimas semanas pelos municípios de Vila Nova de Poiares e Lousã, no distrito de Coimbra, aquelas organizações exigem “uma estrada rápida e segura que encurte distâncias, beneficiando um maior números de concelhos, num traçado que deve passar a sul do rio Mondego”, com interface ao IC6.
“O novo IP3 deverá ter perfil de itinerário complementar, ao invés de autoestrada”, ligando a zona da Aguieira e a A13, a sul de Coimbra, defendem.
Para as associações, a alternativa proposta “significaria uma importante resposta à falta de competitividade” das empresas do interior, penalizadas pelos “acessos muito difíceis às vias principais de comunicação”.
Maioritariamente, “o volume de produção efetiva nos concelhos por onde deverá passar o novo IP3 está voltado para o setor da exportação”, representando “largas dezenas de milhões de euros” de faturação, “cujo crescimento, até mesmo manutenção, só será possível garantir com uma ligação rápida às grandes vias de circulação rodoviária”, salientam.
A solução preconizada é a “que mais poderá promover uma efetiva aproximação entre Coimbra e Viseu, na medida em que corresponde ao traçado mais curto, ao mesmo tempo que contribui para uma significativa redução do encargo financeiro atual do Estado”, pela compensação à concessionária devido ao “reduzido tráfego rodoviário” que se verifica na A13.
As cinco associações realçam que a sua proposta tem vantagens ambientais e ao nível dos custos, evitando o atravessamento das matas nacionais de Vale de Canas e do Buçaco e poupando na construção de uma ponte de “grandes dimensões” do Mondego, que deixaria de ser necessária.