"As soluções para o Interior têm de se ir construindo" destacou o primeiro-ministro

O Executivo socialista fez arrancar esta quarta-feira a iniciativa ‘Governo mais próximo’ no distrito de Bragança. No próximo mês será em Castelo Branco.

O primeiro-ministro destacou esta quarta-feira que as “soluções para o Interior têm de se ir construindo”, adiantando que esta quinta-feira irá ser dado “um passo importante” para “aprovar aquilo que vai ser o prato forte da próxima cimeira entre Portugal e Espanha” – a estratégia para desenvolver as regiões de fonteira, que António Costa considera “essencial para podermos ter mais progresso”.

O Executivo socialista fez arrancar esta quarta-feira a iniciativa ‘Governo mais próximo’ no distrito de Bragança. É o primeiro de muitos, garantiu António Costa. “O próximo já está marcado para o próximo mês em Castelo Branco, e logo a seguir nos Açores, e vamos fazer por todo o país”, disse.

O objetivo explicou à antena da SIC, é que “os diferentes ministros possam identificar, nas suas áreas de atividade, problemas que são necessários resolver, soluções que são necessárias encontrar e fazer também o ponto de situação, como estivemos a fazer hoje, de obras que estão em curso”, como é o caso do investimento de 39 milhões de euros num projeto de regadio em Alfândega da Fé.

Questionado sobre se é desta vez que vai haver soluções para o Interior, o primeiro-ministro afirmou que “as soluções para o interior têm que se ir construindo”. “Temos um plano de revitalização do Interior que tem vindo a ser executado. Amanhã vamos fazer o balanço do que foi executado e relançar a nova fase e aprovar um conjunto de medidas importantes para aquilo que é essencial”, destacou António Costa, defendendo que a revitalização do Interior “passa por atrair investimento, gerador de emprego, a criação de emprego, e a criação de melhores condições para que as populações se possam fixar ou vir viver para o Interior”.

“E isso trabalhando, simultaneamente, ocom todo o sistema científico. É muito importante neste caso  valorizar o Instituto Politécnico de Bragança, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro que dão um contributo inestimável à valorização designadamente daquilo que são os produtos endógenos da região, na área da agricultura e nas culturas de montanha”, acrescentou.

Prosseguindo, afirmou ainda o primeiro-ministro que é “necessário criar melhores condições para a competitividade das empresas” e lembrou as medidas de discriminação positivas no OE que constam para sede de IRC, como também a terceira fase da redução das portagens destas autoestradas”.

“E, finalmente, vamos amanhã dar um passo importante para aprovar aquilo que vai ser o prato forte da próxima cimeira entre Portugal e Espanha que é aprovar a estratégia elemento transfronteiriça”, indicou, explicando que, ao contrário do que acontece na Europa onde as regiões de fronteira são habitualmente as mais desenvolvidas, a fronteira de Portugal e Espanha é o contrário. “E temos de fazer um grande esforço conjunto para inverter esta situação”, frisou.

E nesse sentido, é imperioso que “no próximo quadro comunitário haja um investimento forte nas regiões de fronteira, desde o Minho até ao Algarve, o que é fundamental para podermos ter mais progresso”, atirou, por fim, o chefe do Executivo.


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