Arte do Côa incorporada em itinerário cultural do Conselho da Europa

A arte rupestre do Côa, inscrita na Lista do Património Mundial da UNESCO desde 1998, foi uma das mais importantes descobertas arqueológicas do Paleolítico Superior.

A Arte do Côa passou a integrar o Itinerário Cultural do Conselho da Europa, onde estão representados sítios como Altamira (Espanha), Lascaux, Chauvet, Niaux (França) ou Valcamónica (Itália), indicou hoje fonte da Fundação Côa Parque.

“A incorporação da arte rupestre do Côa neste itinerário do Conselho da Europa corresponde a outro nível de envolvimento da Fundação, agora num plano mais internacional. Nesta rede de instituições ligadas à arte pré-histórica, estão os maiores sítios europeus, onde faltava a Arte do Côa”, explicou à Lusa o presidente da fundação, Bruno Navarro.

Segundo aquele responsável, a inclusão do Museu e do Parque Arqueológico do Vale do Côa nesta rede europeia de arte rupestre é uma forma de “colocar no mapa europeu” o território arqueológico do Côa e todas as suas potencialidades.

“Este trabalho foi começado de forma faseada. Começámos por envolver o território do Côa e os seus quatro concelhos. Depois, mais recentemente, foi assinando um protocolo com a Fundação de Serralves e a Fundação Museu do Douro, para a criação de uma bilhete combinado que permite visitar os três equipamentos culturais. Esta terceira fase é o alargar de um trabalho em rede a nível internacional, que já tínhamos iniciado a nível local”, frisou.

Os sítios de arte rupestre do Vale do Côa situam-se ao longo das margens do rio Côa, sobretudo no município de Vila Nova de Foz Côa, estendendo-se por uma área de 20 mil hectares que abrange os municípios vizinhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Meda e Pinhel, no distrito da Guarda.

A arte rupestre do Côa, inscrita na Lista do Património Mundial da UNESCO desde 1998, foi uma das mais importantes descobertas arqueológicas do Paleolítico Superior, em finais do século XX, em toda a Europa.

Aquando da descoberta “Arte do Côa”, em 1994, os arqueólogos portugueses asseguraram tratar-se de manifestações do Paleolítico Superior (20 a 25 mil anos atrás) e estar-se perante “um dos mais fabulosos achados arqueológicos do mundo”.

Desde agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Coa organiza visitas a vários núcleos de gravuras tais como Penascosa, Canada do Inferno e Ribeira de Piscos.


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