Apicultor promove a Guarda através do mel

Produto comercializado em Lisboa e no Porto O apicultor Joaquim Pereira da Fonseca, 71 anos, residente em Alfarazes, na Guarda, abastece de mel duas lojas de referência das cidades de Lisboa e do Porto. O mel produzido na região é vendido na “Mercearia da Atalaia”, no Bairro Alto, em Lisboa, no estabelecimento “Comer e Chorar […]

Produto comercializado em Lisboa e no Porto

O apicultor Joaquim Pereira da Fonseca, 71 anos, residente em Alfarazes, na Guarda, abastece de mel duas lojas de referência das cidades de Lisboa e do Porto.

O mel produzido na região é vendido na “Mercearia da Atalaia”, no Bairro Alto, em Lisboa, no estabelecimento “Comer e Chorar por Mais”, no Porto, no Turismo da Guarda e a particulares. “Estou a fazer promoção à Guarda, porque, praticamente, não há produtos que, promovam a cidade”, admitiu Joaquim Pereira da Fonseca ao Jornal A Guarda, apontando que, a promoção, para além do mel, também é feita nos próprios rótulos das embalagens, decorados com “uma abelha e uma flor”. “São flores com as cores e os sabores dos amores da Guarda”, garantiu o produtor de mel de tília cristalizado, polén, geleia real e propólis (muito utilizado para desinfecção das mucosas e vias respiratórias). “O mel é um alimento medicamento, é um preventivo das gripes e das constipações”, assegurou.

O apicultor está devidamente licenciado e está na fase de certificação dos produtos que comercializa, que afiança serem “de qualidade”. Possui mais de 30 colmeias, distribuídas pela quinta onde reside, pela zona do Seixo Amarelo e pelo sítio dos Barrocais (localizado entre os Albardeiros e a Vela), que lhe fornecem uma média anual de “mais ou menos 1.500 quilos de mel”. “Já cheguei a levar 60 colmeias, todos os anos, para a Serra da Estrela, para o Vale do Rossim, para a Lagoa Comprida, etc.”, recordou.

Joaquim Pereira da Fonseca, que começou a lidar com as abelhas em 1969, é bancário reformado e possui licenciatura e mestrado em Marketing. Orgulha-se da actividade que desenvolve, afirmando que, quando frequentava a Faculdade de Economia do Porto “era apresentado como apicultor”. A extracção do mel, começa “em meados de Julho”, com o crestar das colmeias, altura em que o apicultor retira do seu interior os quadros com a cera. “A cera sai virgem dos quadros, que estão cheios, e depois são levados à desoperculação (operação que, ocorre numa arca desoperculadora) onde é retirada a cera que protege o mel. Os quadros são depois colocados num extractor eléctrico (que leva 20 de cada vez), que retira o resto do mel”, explicou. O mel é armazenado em grandes potes e distribuído pelos frascos, onde chegará ao consumidor. Segundo Joaquim Pereira da Fonseca, o equipamento que possui na sua unidade de produção de mel, permite que “o mel vá até à mesa do consumidor sem ninguém lhe tocar com as mãos”.

O apicultor de Alfarazes, tem uma grande dedicação ao sector, ao ponto de ser o autor de “Um Manual de Apoio aos Apicultores”, elaborado em 2005 que, agora pretende melhorar. Também já participou em concursos de mel e em Congressos e Cursos no estrangeiro, sendo um deles sobre as doenças das abelhas, que decorreu no Instituto de Freiburg, na Alemanha.

Como curiosidade refira-se que as abelhas “são insectos sociais que vivem agrupados em colónias, formando enxames”. “Durante a Primavera e o Verão as abelhas saem para o campo, recolhem o seu alimento (néctar e polén), polinizando as flores, colaborando aos mesmo tempo, para a sua fecundação. Uma abelha deve visitar entre 150 a 200 flores para encher o bucho de néctar. Para produzir um quilograma de mel, uma abelha teria que visitar entre 7 a 11 milhões de flores”, segundo uma publicação da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal.


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