António Oliveira reassumiu esta terça-feira as funções de presidente da concelhia social-democrata de Trancoso depois de se ter demitido no último sábado «por motivos de saúde».
O empresário acrescentou ao jornal O INTERIOR que «as informações que vieram a público não têm qualquer fundamento, porque são falsas». A reação surge depois de uma nota anónima, enviada às redações, insinuar que o dirigente e vice-presidente do município se tinha afastado desagradado com a «promessa de um cargo ao atual presidente da empresa municipal Trancoso Eventos», Tomás Martins, numa suposta estrutura a criar futuramente no município. «Decidi reconsiderar a minha decisão a pedido de Júlio Sarmento para terminar com este “não assunto” de uma vez por todas», declarou o presidente da concelhia. António Oliveira deverá agora terminar o mandato, já que os estatutos «não permitem a realização de eleições na concelhia tão perto das autárquicas», acrescentou, pelo que «nessa altura o “tema” já terá expirado». O empresário reafirmou ter abandonado o cargo no seguimento de uma intervenção mais «acalorada» na reunião do PSD de Trancoso, em que lhe era «exigido por um militante o envolvimento total nas próximas eleições». O dirigente lembra os problemas cardíacos que lhe foram diagnosticados, e que já levaram os médicos a aconselhá-lo «a deixar a vida política, razão pela qual não integrei a candidatura às autárquicas», adiantou. António Oliveira garantiu que o PSD de Trancoso «está unido em torno da candidatura de João Rodrigues e vai encarar de forma coesa as próximas autárquicas». Também Júlio Sarmento, presidente da autarquia e da assembleia de secção, nega uma informação «que não tem o mínimo de fundamento nem de consistência», salientado que o partido está unido. O autarca realça a «grande dignidade e solidariedade política» de António Oliveira, «saudando o seu empenho na direção do partido até às próximas eleições autárquicas».