“Pedimos ao primeiro-ministro para sermos recebidos numa reunião privada durante a cerimónia de inauguração do hotel [na Covilhã] e ele acedeu de imediato, tendo em consideração que tínhamos pedido há mais de seis meses uma reunião com o ministro das Infraestruturas, que não nos respondeu” disse à agência Lusa Luís Veiga, porta-voz da Comissão das Empresas para a Subsistência do Interior.
Este responsável em conjunto com a União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB), Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB) e Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, A24 e A25, estiveram reunidos com António Costa cerca de meia hora.
Luís Veiga adiantou que o primeiro-ministro “achou estranho” não terem recebido resposta do ministro Pedro Marques e que se mostrou “muito sensível” para tentar fazer aquilo que até agora ainda não foi feito em relação às portagens nas antigas SCUT.
“Relembramos [ao primeiro-ministro] que durante a campanha eleitoral quando aqui esteve antes de ganhar as eleições, ficou de fazer uma revisão de todo o processo e, sobretudo do modelo de negócio da exploração das SCUT”, frisou.
Este responsável disse ainda que relembraram a António Costa que a redução de 15% “é uma migalha, um bodo aos pobres” e adiantou que algo tem que ser feito.
“É claramente [portagens] uma limitação ao desenvolvimento da região”, concluiu.
Já o coordenador da USCB, Luís Garra, sublinhou que na versão preliminar do Plano Nacional de Coesão Territorial, nas 164 medidas apresentadas era referido que a redução de 15% nas portagens era insuficiente e adianta que na sua versão final, esse ponto desapareceu.
“Embora o nosso objetivo seja a total abolição das portagens, não nos repugna nada que esta seja atingida atravé de reduções sucessivas”, concluiu.