“Eu sei que o que temos pela frente é muito difícil, sei que o que temos pela frente é muito duro, mas era o que faltava fugir da dureza, fugir do que é difícil, porque é difícil, e o que é duro é que é desafiante. E é por isso que estamos aqui, e é por isso que vamos ganhar estas eleições legislativas”, afirmou.
António Costa falava na Guarda, depois de o cabeça-de-lista pelo círculo eleitoral local, Santinho Pacheco, ter afirmado que a vitória do PS nas eleições legislativas é o desafio da vida do secretário-geral e candidato a primeiro-ministro.
Nesta deslocação à Guarda, o líder socialista, que falava num jantar com a presença de 1.400 pessoas, segundo a organização, disse que nas eleições legislativas os portugueses farão a escolha entre “quem merece e quem não merece confiança para Governar Portugal”.
“De um lado temos a coligação de direita, uma coligação que ganhou as últimas eleições, jurando que não cortava as pensões que depois cortou; que ganhou as eleições a jurar que não aumentaria os impostos que depois aumentou”, observou.
Disse ainda que a coligação comprometeu-se “com dois objetivos fundamentais no Governo – de fazer crescer a economia e reduzir a dívida”.
No entanto, apontou que a coligação “chega ao final desta legislatura com a economia ao nível de 2002 e com a dívida maior que alguma vez o país já teve”.
“Eles [PSD/CDS-PP] mentiram na campanha eleitoral e por isso não merecem confiança, eles falharam no Governo e por isso não merecem confiança”, referiu.
Acrescentou que o PSD e o CDS/PP “apresentam-se nestas eleições com um programa escondido, porque querem omitir dos portugueses qual é o seu verdadeiro programa”.
“E o seu verdadeiro programa, que nós temos de dar a conhecer a todos os portugueses, é muito simples: em primeiro lugar, continuar pelo mesmo caminho da austeridade, impondo agora um novo corte de pensões de 600 milhões [de euros] aos nossos pensionistas, como se não fosse suficiente tudo aquilo que já lhes tiraram”, comentou António Costa.
O líder socialista disse ainda na sua intervenção que a alternativa à coligação de direita é a alternativa representada pela candidatura do PS, que apresenta um programa com “compromissos escritos” e com palavra “que terá que ser honrada”.