Plantação de 15 mil castanheiros em freguesia de Seia

Mais de 15 mil castanheiros vão ser plantados em abril na União de Freguesias de Carragozela e Várzea de Meruge, no concelho de Seia, em áreas destruídas pelos incêndios de outubro de 2017, foi hoje anunciado.

Segundo o presidente da União de Freguesias, João Barreiras, a ação de reflorestação será realizada no dia 07 de abril, entre as 10:00 e as 17:00, numa área de 57 hectares de terreno daquela região da Serra da Estrela, no distrito da Guarda, com a colaboração de “350 a 450 pessoas”.

A plantação insere-se numa iniciativa da Freguesia de Carragozela e Várzea de Meruje, que, após o incêndio de 15 de outubro de 2017, pretende “devolver alguma esperança aos proprietários florestais da região, através da plantação de uma espécie mais resiliente ao fogo, bem adaptada à região e cujo fruto poderá trazer algum valor no futuro”.

“Os terrenos que vamos reflorestar são, na sua grande maioria, terrenos privados, embora também se faça reflorestação em terrenos pertencentes à junta de freguesia”, disse hoje o autarca João Barreiras à agência Lusa.

O responsável adiantou que 15 mil castanheiros foram oferecidos pela Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA) e pelo Movimento Terra de Esperança, e cerca de 500 por anónimos.

Na ação de reflorestação está prevista a participação, entre outros, de elementos do Movimento Terra da Esperança, da ANEFA, da Liga da Proteção da Natureza, do projeto Oeiras Solidário, do Município de Seia, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, da CAULE – Associação Florestal da Beira Serra e do Movimento de Cidadãos por uma Estrela Viva.

O presidente da União de Freguesias de Carragozela e Várzea de Meruge lembra que o incêndio de 15 de outubro destruiu “quase por completo” toda a floresta local e a “quase” totalidade dos terrenos agrícolas, “inclusive os quintais junto às habitações, devorando olivais, vinhas e pomares”.

A ação de reflorestação incidirá, numa primeira fase, em todos os terrenos agrícolas que foram devastados pelo incêndio, para que “os cuidados sejam maiores com as novas plantas”, dando “algum alento” aos habitantes “para se deslocarem aos seus terrenos novamente”, segundo João Barreiras.

“Apesar de a nossa freguesia ter sido, por certo, a mais afetada pelo incêndio de 15 de outubro, de entre todas as outras do nosso concelho, felizmente não tivemos qualquer dano em termos humanos com esta tragédia, apesar de a nossa população ter sido brava na luta contra um monstro que varreu por completo a nossa freguesia, não abandonando nunca as suas casas, conseguindo assim evitar perdas de habitações”, recorda o autarca.


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