Álvaro Amaro apela à esquerda que não inviabilize "aquilo que o país precisa"

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O presidente dos Autarcas Sociais-Democratas (ASD), Álvaro Amaro, apelou esta sexta-feira aos líderes da esquerda que “não inviabilizem aquilo de que o país precisa” e lembra que “quem liderou um Governo foi sempre quem teve mais votos”.

“O meu apelo, como presidente dos ASD, é que os líderes da chamada esquerda em Portugal, que debatam entre si, mas que não inviabilizem aquilo que o país precisa, de paz, de tranquilidade, e de uma oposição credível, mas que olhe o interesse nacional, neste momento, depois de passadas as eleições”, disse o autarca à agência Lusa.

Lembrando que uma situação como a atual, “nunca foi caso em Portugal”, o também presidente da Câmara Municipal da Guarda, aponta que “quem liderou um Governo foi sempre quem teve mais votos, quem ganhou as eleições”.

Caso os partidos da esquerda formassem Governo, “seria motivo de risota em Portugal e na Europa”, vaticina.

Álvaro Amaro referiu que o líder do PS, António Costa, “pode ter posto borda fora o seu antecessor”, mas “o que não pode pôr borda fora é quem ganhou umas eleições nacionais “.

“Isso, nem ele pode, nem os portugueses aceitariam e o senhor Presidente da República (PR) interpretou e muito bem aquilo que é a vontade da grande maioria dos portugueses”, disse.

O líder dos ASD considera que a decisão do PR em indigitar Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro foi “de absoluta seriedade política, na senda do que sempre tem feito”.

Para Álvaro Amaro, o socialista António Costa “parece querer refundar o PS”, mas aconselha a fazê-lo “no quadro do debate interno”

“Se quer liderar a esquerda refundada, não tem que ser como primeiro-ministro. Tem que ser como líder partidário, mas é no seu partido”, desafiou.

O presidente dos ASD disse ainda que no momento da formação do Governo “o PS diz que tem um acordo que suporta a governabilidade em quatro anos e pede ao PR: ‘indigite-me primeiro que eu depois mostro'”.

“Eu acho que é uma falta de respeito institucional”, referiu, pedindo à esquerda que mostre “quanto custa esse acordo no quadro nacional e no quadro europeu”.

O líder dos ASD considera que o que está a passar-se é “uma falta de respeito institucional perante o PR e perante os portugueses que nunca, em momento algum, ouviram uma palavra de uma coligação desta natureza”.

Alertou ainda que, “se a moda pegasse de ser primeiro-ministro a pessoa que perdeu as eleições, amanhã ainda se alteravam as leis autárquicas para que nas câmaras onde não há maioria absoluta, e são várias, era presidente aquele que não ganhou as eleições”.

“Esta moda não pode pegar, tal como essa moda que agora o doutor António Costa queria inaugurar também não vai pegar, porque é uma questão de bom senso, é uma questão de responsabilidade”, finalizou.


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