O autarca social-democrata anunciou ontem que aguarda «tranquilamente» pela decisão dos tribunais relativamente à sua candidatura à presidência da Câmara Municipal da Guarda.
O Movimento Revolução Branca (MRB) garantiu esta terça-feira que vai avançar com uma providência cautelar para impedir o atual presidente da autarquia de Gouveia de se candidatar, pelo PSD, à Câmara da Guarda nas próximas autárquicas. Em declarações à agência Lusa, o presidente do MRB, Paulo Romeira, foi perentório: «Temos que ser coerentes connosco próprios e não nos resta outra alternativa senão, em tempo oportuno, avançar com uma providência cautelar para impedir esse autarca de se candidatar». Álvaro Amaro, impedido de se recandidatar a Gouveia devido à lei de limitação de mandatos, disse esta terça-feira, na conferência de imprensa de apresentação da candidatura, que aguarda «com absoluta tranquilidade aquilo que, no tempo certo, os tribunais decidirem». O autarca lembrou que os três partidos da maioria parlamentar composta pelo PSD, CDS-PP e PCP «concordam com estas candidaturas» e o PSD «já o afirmou que está, quanto a isso, seguro em termos jurídicos». Amaro disse esperar que «esse assunto já estivesse clarificado», aguardando com «absoluta tranquilidade» qualquer decisão que resulte da providência cautelar do MRB em relação à sua candidatura, lembrando que nos concelhos de Loures e de Tavira as providências cautelares não tiveram provimento. «À justiça o que é da justiça. À política o que é da política. Eu estou aqui com a legitimidade que me é conferida pelo facto de entendermos, e o partido entender que, juridicamente, legalmente, é possível, mas tranquilamente esperemos que no momento certo os tribunais digam de sua justiça», afirmou Álvaro Amaro. O economista de 59 anos, que lidera a Câmara Municipal de Gouveia há doze anos, garantiu que enquanto a decisão dos tribunais não chegar irá «trabalhar» pelo futuro do município da Guarda onde agora é candidato. A Guarda é a única capital de distrito que tendo mudado democraticamente de protagonistas políticos, nunca mudou de orientação política, observou, lembrando que a autarquia sempre foi governada pelo PS. Apelou aos eleitores que lhe deem uma «oportunidade» para ajudar «a resolver os problemas» do concelho. A Câmara Municipal da Guarda sempre foi liderada pelo PS e é atualmente presidida por Joaquim Valente, que não se recandidata ao terceiro mandato, apostando aquele partido no advogado José Igreja.