Banco de Portugal prevê um crescimento das exportações de 2%, o que já implica um abrandamento.
Com as vendas para a Europa a diminuírem, o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) admite agora o abrandamento das exportações este ano. «Não vejo como não se poderá abrandar as exportações em 2013, principalmente para Espanha que representa 22% das nossas vendas no exterior», afirmou Pedro Reis responsável pela AICEP. Pedro Reis faz depender a evolução das vendas para fora do país dos mercados extra Europa, como Angola e Estados Unidos. «Antecipo uma quebra nos mercados europeus, mas veremos qual é o saldo desta quebra de acordo com o conseguirmos crescer nos outros mercados, sendo que o Banco de Portugal prevê um aumento das exportações de 2%», sublinhou. Para 2013, o Banco de Portugal prevê um crescimento das exportações de 2%, o que já implica um abrandamento. O presidente da AICEP fez questão de frisar que, apesar do andamento positivo das exportações, representando 37% do Produto Interno Bruto (PIB), tal situação «não sustenta uma economia». Pedro Reis foi ouvido esta quarta-feira pelos deputados, numa audição sobre a preparação de uma lei de bases para a qualidade, a inovação, a competitividade e o empreendedorismo. Sobre este tema, defende a redução da contribuição das Pequenas e Médias Empresas (PME) para a Segurança Social quando estas contratem doutorados.