Portugal é o nono maior exportador de vinho

Portugal manteve em 2015 o estatuto de nono maior exportador de vinho a nível mundial, em valor, mas arrisca cair este ano para a 10.ª posição devido à aproximação veloz e a colagem da Argentina.

As empresas nacionais venderam para o exterior 738 milhões de euros, enquanto os argentinos fecharam o ano com exportações de 737 milhões de euros.

A lista organizada pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) é liderada pela França (8.244 milhões de euros exportados), seguida a longa distância pela Itália, que exportou 5.353 milhões de euros. Em conjunto, os dois países europeus representam quase metade das transacções internacionais de vinho.

Já nas contas ao volume que ultrapassou as fronteiras do país produtor, Portugal mantém o nono posto. É que, em comparação com o “ranking” em euros, os 2,8 milhões de hectolitros de vinho português exportado ficam abaixo da produção do mais barato sul-africano, mas é uma quantidade superior ao produzido nas vinhas neozelandesas, vendido para todo o mundo a um preço mais caro do que o português.

Estes dados constam do retrato anual sobre a conjuntura mundial do setor, divulgado a 18 de abril, pela OIV, sediada em Paris. A apresentação feita pelo diretor-geral da OIV, Jean-Marie Aurand, mostra que a produção mundial aumentou 2,2% em termos homólogos e que a China consolidou o lugar de segunda maior superfície vinícola do mundo, a seguir a Espanha. Portugal tem a quarta maior da Europa, com 217 mil hectares, suficientes para produzir mais de sete milhões de hectolitros de vinho em 2015.

Do lado das compras, os EUA são o maior importador de vinho do mundo, em valor. Em 2015 compraram 4.855 milhões de euros, com um crescimento de 20% face ao ano anterior. Segue-se o Reino Unido, que também aumentou as compras de vinho ao exterior e está no segundo lugar do ranking, com 3.915 milhões de euros. O pódio é fechado pela Alemanha, que até importa a maior quantidade (15 milhões de hectolitros), mas a um preço inferior do que é oferecido pelos clientes norte-americanos e britânicos.

Depois da crise financeira e económica iniciada em 2008, o consumo parece ter estabilizado em torno dos 240 milhões de hectolitros estimados por esta organização para o ano passado.

E nesta lista encabeçada pelos EUA e pela França, Portugal não está no fundo, apesar da diferença populacional para os “concorrentes”. Em 2015, os portugueses aumentaram o consumo em 1,6% e beberam 4,8 milhões de hectolitros de vinho.


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