Ganhos de emprego na agricultura ajudam a explicar surpresa no segundo trimestre. Economistas e Governo prudentes.
A taxa desemprego recuou de 17,7% para 16,4% entre o primeiro e o segundo trimestres deste ano. A queda – a maior desde 1998 – superou as previsões dos analistas e resultou tanto de uma descida do número de desempregados como de um aumento do emprego. A sazonalidade ajuda a perceber esta tendência, mas não a pode justificar na totalidade – há outros fatores, como a subida forte do número de empregados na agricultura. Apesar das boas notícias, os riscos mantêm-se. Entre abril e junho, a taxa de desemprego fixou-se em 16,4%, menos 1,3 pontos percentuais do que o registo do primeiro trimestre, revelam os dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). É a primeira queda desde o segundo trimestre de 2011 e a maior dos últimos 15 anos. Ou seja, as séries do INE mostram que é preciso recuar ao segundo trimestre de 1998 para encontrar uma descida tão acentuada, ao caso precisamente de 1,3 pontos percentuais.