ACG lança “Comércio Investe” no centro urbano da Guarda

Objetivo deste programa é dinamizar o setor através da aposta nas vendas online, da fidelização de clientes e da renovação dos estabelecimentos.

A Associação do Comércio e Serviços (ACG) do Distrito da Guarda vai implementar o “Comércio Investe”, um projeto de dinamização comercial do centro urbano da Guarda que se destina a potenciar as vendas através da Internet. Com um investimento global de 371 mil euros, a iniciativa arranca no primeiro semestre deste ano com 20 estabelecimentos e vai durar 18 meses. «Pressupõe a implementação de uma estratégia comum no comércio eletrónico com o desenvolvimento de uma plataforma onde cada empresa terá um micro site para venda online, mas também uma estratégia comum de divulgação (Internet e brochuras), a renovação do ponto de venda (fachadas e exteriores) e a implementação de um sistema informático comum de fidelização de clientes», adiantou o presidente da AGC. De acordo com Miguel Alves, a Comercial foi a associação da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela com candidatura aprovada para esta ação pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI). O responsável recordou que, atualmente, a venda online pode contribuir para «aumentar o volume de negócios na ordem 30 a 40 por cento, pelo que esta é uma oportunidade a aproveitar. O importante é que os empresários vejam que a adesão a este projeto significa valor acrescentado». O “Comércio Investe” é um projeto de investimento coordenado pela ACG, que também vai gerir o portal online. Já os comerciantes aderentes vão ter incentivos financeiros, mas terão que comparticipar «um valor que ainda está a ser estudado», referiu o dirigente. Entretanto, a ACG encerrou na passada sexta-feira o projeto “QI PME”, um programa de formação-ação desenvolvido junto de 24 empresas da indústria transformadora em 2013. «O objetivo é otimizar e diversificar os recursos destas empresas. Para isso, a ACG ajudou a fazer o diagnóstico das necessidades e das lacunas dessas empresas, a elaboração o plano de ação tendo como vertentes o marketing, o design, a gestão dos recursos humanos e a economia», afirmou Miguel Alves, que espera encontrar nos próximos fundos comunitários «novos instrumentos de apoio e desenvolvimento para replicá-los nas empresas da região». Poucos dias depois do Governo ter anunciado a intenção de liberalizar a atividade comercial e os saldos, proposta que está em fase de consulta pelos parceiros do setor, o presidente da direção da Comercial da Guarda considerou que «a liberalização total dos horários não me parece benéfica, pois as Câmaras têm vindo a ajustar a oferta à procura consoante a sua realidade. Já a nível dos saldos pode ser uma boa estratégia porque permite escoar mais facilmente produtos em stock». Contudo, o dirigente remete para mais tarde uma posição oficial sobre o documento elaborado no Ministério da Economia.


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