A23 continua a perder tráfego ao longo dos últimos meses

As quebras no número de veículos a circularem na Autoestrada da Beira Interior continuam a aumentar. O tráfego médio diário anual registado na A23 continua a mostrar números cada vez menores. Esta taxa, em dezembro último ficou-se nos 6197 veículos, sendo que 5.381 corresponde a tráfego ligeiro e 815 decorre de tráfego pesado. Segundo os […]

As quebras no número de veículos a circularem na Autoestrada da Beira Interior continuam a aumentar.
O tráfego médio diário anual registado na A23 continua a mostrar números cada vez menores. Esta taxa, em dezembro último ficou-se nos 6197 veículos, sendo que 5.381 corresponde a tráfego ligeiro e 815 decorre de tráfego pesado. Segundo os números avançados pela Scutvias, empresa que gere esta estrutura, o tráfego registado no período em análise, consubstancia um desvio, face a igual período do ano anterior, de menos 35,93 por cento. Em termos de sentido de tráfego, constata-se que a variação homóloga do tráfego em sentido norte foi de menos 35,5 por cento, contra os menos 36 por cento em sentido contrário. Ainda assim, continua-se a registar mais tráfego no sentido sul, 50,35 por cento do tráfego total. Na leitura dos números agora divulgados, a Scutvias, atesta que «é notório o fortíssimo impacto da decisão do Estado Português em introduzir portagens na A23 no desempenho do tráfego durante o ano de 2012». Pinho Martins, diretor geral da empresa começa por dizer que «os tempos que se vivem hoje não se assemelham aos de 1999, nem sequer aos anos que se seguiram». O regresso deste responsável é um «regresso preocupado porque vivemos tempos repletos de incertezas e de ameaças, a nível económico, financeiro e social, embora a Scutvias tenha vindo a adaptar-se a estes novos tempos. A maior de todas as ameaças parece residir no facto de termos nascido de um projeto pioneiro, para prestar um serviço sem cobrança ao utilizador». Para além das portagens, outro dos fatores que Pinho Martins assinala é o facto de «ser SCUT ou Parceria Público-Privada (PPP) foi durante muito tempo fator importante de progresso, de mobilidade e de desenvolvimento regional, mas hoje parece ser algo de proscrito ou mesmo a origem de muitos dos problemas nacionais, havendo quem exija o desmantelamento ou até a expropriação deste tipo de empresas». «Sou mais um que chama a atenção para o caminho a que este estado de espírito pode conduzir: ao desrespeito pela lei e pelos contratos assinados», acrescenta.

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