Clima
Mais de 190 países participam a partir de hoje e até 10 de dezembro na Convenção das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, em Cancún, México, com o objetivo de dar novo impulso à luta contra o aquecimento global.
O último encontro foi há um ano, em Copenhaga, que tinha a ambição de conseguir um acordo global para o período que se segue a 2012, quando termina o prazo de vigência do Protocolo de Quioto, que limita as emissões de gases com efeito de estufa dos países industrializados.
Porém, da conferência de Copenhaga saiu apenas um acordo mínimo, concluído e assinado à pressa por vinte chefes de Estado que fixaram o objetivo de limitar o aquecimento global a dois graus centígrados mas sem especificarem os meios para atingir essa meta.
Assim, para Cancún, negociadores e responsáveis da ONU baixaram as ambições e a generalidade dos protagonistas tem afirmado que não se espera que saia um acordo alargado e definitivo da cimeira que arranca hoje. Por outro lado, e ao contrário do que aconteceu em Copenhaga, não são esperados chefes de Estado ou de Governo em Cancún para assinarem a declaração final: os acordos serão assumidos ao nível ministerial.
Neste contexto, são esperados avanços em alguns setores específicos, como a luta contra a desflorestação ou a criação de um Fundo Verde, para o qual deverão transitar uma parte dos 100 mil milhões de dólares anuais prometidos até 2020 aos países mais pobres. Este fundo deve ajudar a paliar as sequelas das alterações climáticas na agricultura dos países em vias de desenvolvimento.
Portugal vai ter na conferência uma delegação de técnicos aos quais se juntará depois a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, e o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, que participam na cimeira dos governantes.