116 mil jovens portugueses não têm trabalho

Portugal registou o maior agravamento da Europa na taxa de desemprego jovem entre julho e agosto, indicou o Eurostat, que coloca Itália e França em segundo e terceiro lugar.

A subida no nível de desemprego jovem (anteontem revelada pelo INE) foi de 0,6 pontos percentuais, em agosto, tendo a referida taxa nacional subido de 31,2% em julho para 31,8% da população ativa com 15 a 24 anos.

Em Portugal, há agora 116 mil jovens sem trabalho, ainda assim, menos do que os 128 mil observados em agosto do ano passado.

O segundo pior agravamento da União Europeia acontece em Itália (três décimas), empurrando a taxa de desemprego jovem para uns impressionantes 40,7%. A terceira pior evolução acontece em França (0,2), com a respetiva taxa a subir até 24,5%.

Uma menção ainda para o caso de Espanha, que tem o maior nível de desemprego de jovens de toda a UE (48,8% está sem trabalho) e, mesmo assim, piorou uma décima face a julho.

A Letónia e a República Checa foram os países com maiores descidas (1 e 0,7 pontos para 14,1% e 12,4%, respetivamente).

Na taxa de desemprego total, Portugal integra o grupo dos únicos quatro países onde o fenómeno piorou 0,1 pontos percentuais. Chipre, França e Finlândia são os outros. Neste conjunto, os piores casos são, por ordem decrescente: Chipre (15,3% em agosto), Portugal (12,4%), França (10,8%) e Finlândia (9,7%).

O desemprego médio da Zona Euro manteve-se em 11% (17,6 milhões de pessoas sem trabalho) e subiu uma décima para 22,3% no caso dos jovens (3,1 milhões). Na Europa, o problema atinge um total de 23 milhões de pessoas (9,5%), das quais 4,6 milhões (20,4%) têm menos de 25 anos.

Ou seja, Portugal não está sozinho. Os sinais de agravamento do mercado de trabalho (total ou jovem) estão a acontecer um pouco por toda a Europa e coincidem com notícias de que a economia voltou a perder gás e que de a Zona Euro pode estar outra vez a arriscar uma deflação.

 


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