Detalhes
O Castelo de Linhares da Beira está implantado num cabeço rochoso a cerca de 820 metros de altitude e dominando o Vale do Mondego, constitui o núcleo gerador do aglomerado. Na encosta, sobranceira à várzea de Linhares e cruzada por antiga via romana, estendeu-se a povoação: o sistema fortificado, entregue a um alcaide e dispondo de pequena guarnição militar, defendia um território bem como a sua população e bens; o foral, concedido pelo Rei, prescrevia a autonomia concelhia e organizava a vida económica e social do povoado; a Igreja estabeleceu as paróquias. Em avançado estágio de degradação, o castelo foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 17 de Junho de 1922, vindo a intervenção do poder público a se materializar a partir da década de 1940, através da ação da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), estendendo-se pela década seguinte. Os trabalhos procedidos à época ressentiram-se da pesquisa arqueológica preliminar, tendo sido removido entulho de seu interior e reconstruídos os panos de muralha, particularmente toda a cerca a norte do recinto inferior. Com relação às torres, procedeu-se à reconstrução de seu interior, o coroamento e a reconstrução das coberturas, com telhado de quatro águas. Em uma campanha mais recente, renovaram-se as escadarias metálicas, protegeu-se a parte interna do adarve com guardas e renovou-se a organização interna das torres.