Sempre houve cerejas no Fundão!

Cerejas em maio e junho, sempre as houve, agora pastéis de cereja e bombons de cereja no Outono e Inverno, isso já é grande novidade. Grande e boa novidade, pois concorre diretamente com os “Mon Chéri” sem lhes ficar atrás, antes pelo contrário. Cerejas do Fundão a potenciar a criação de novos sabonetes e perfumes também serão em breve uma realidade e bem assim o aproveitamento cosmético e no desenvolvimento de medicamentos das qualidades antioxidantes do produto.
Quero com este texto constatar o óbvio. O produto já lá estava, mas as potencialidades estavam longe de estar aproveitadas ao máximo, e certamente outras portas e mundos se vão abrir ao produto, à criação de valor, aos muitos certames e iniciativas que o poder local e os produtores realizam em conjunto.
Foi preciso juntar energias, conhecimento, massa crítica, poder local e empresários para se dar este salto, reconhecidamente qualitativo, para estratégias de apresentação do produto, divulgação e colocação em novos mercados e foi preciso que muita gente cooperasse para se darem estes passos rumo à sustentabilidade e ao aumento do rendimento disponível.
Que nos sirva de exemplo para o nosso bom vinho, azeite, mel, frutos secos, doces, castanhas, laranjas da Barca d Alva, etc etc. Há aqui um caminho de valorização de produtos endógenos que foi iniciado mas está longe de ter chegado ao fim. Há marketing territorial a fazer, denominações de origem protegida, embalagens apelativas, divulgação e novos mercados para conquistar, desde logo o mercado da saudade (constituído pelos nossos emigrantes na diáspora). Em Figueira de Castelo Rodrigo, por exemplo, chegou a vigorar um plano de apoio à valorização, modernização e melhoramento do processo produtivo, mas foi interrompido quando começava a ter os primeiros resultados : produtos do concelho valorizados, premiados e medalhados em concursos regionais e nacionais…
Temos aqui um bom exemplo. Vamos a isto?!