As Ligas Europeias criticam frequentemente a Comissão Europeia e os Governos nacionais pela ausência de legislação em relação às apostas online, defendendo que o futebol está à mercê de determinadas organizações criminosas responsáveis pela manipulação de jogos. Anualmente, e um pouco por todo o mundo, são gastos centenas de milhões de euros em apostas desportivas na Internet. Algumas casas de apostas chegam mesmo a pagar avultadas quantias de dinheiro para ter o seu nome “esculpido” nas camisolas oficiais de certos clubes históricos. Por exemplo, a casa de apostas bwin paga anualmente algumas dezenas de milhões de euros ao Real Madrid. Será que estes valores não desenham a noção da dimensão deste sector? Será que esta conjuntura não constitui um relevante manancial de financiamento para o futebol? Será que este cenário não representa uma crescente cominação à reputação do próprio futebol? Será que devemos confundir o cordeiro com o rebanho?
Depois de inúmeros episódios de manipulação de jogos, principalmente na Ásia, na Europa de Leste e em Itália, o tema regressou novamente ao palco das notícias. Será que podemos acreditar naquilo que observamos quando nos deslocamos a um estádio de futebol ou assistimos a um jogo de futebol através da televisão?
Na realidade, temos obrigação de reflectir profundamente sobre esta temática, evitando a edificação de uma desconfiança universalizada, que eventualmente coloque em causa a reputação do futebol. Será que em determinadas ocasiões a ameaça do problema não contribui, mais do que o próprio problema, para amputar a imagem de credibilidade do desporto? Será que o futebol não constitui um sector apetitoso para aqueles, munidos ou não de escrúpulos, que o saboreiam como um valoroso vértice de negócio? Será que o futebol não estacionou numa superfície calamitosa e pardacenta? Será que adulterar jogos para promover burlas em apostas não é “universal” no panorama mundial? Será que essa viciação não sucede amiudadamente? Será que a mesma não embrulha gigantescas quantias de dinheiro?
Quando falamos em apostas desportivas ilegais, temos obrigatoriamente que ter em conta dois contextos: a manipulação de resultados, com a finalidade de granjear dinheiro em apostas; e a falta de licença de funcionamento, ou seja muitas casas de apostas funcionam sem qualquer tipo de licença. Os recentes arquétipos de jogo online carecem de regulamentação em múltiplos Países europeus, nos quais se inclui Portugal. No nosso País, a deliberação sobre a regulamentação das apostas online está, neste momento, dependente do Ministério das Finanças. Será que o futebol não pode ser degustado como uma vítima? Será que não são necessárias, com o objectivo de aniquilar este logro de amplitude mundial, acções rigorosas, abrangentes e concertadas entre organismos desportivos, autoridades policiais, legisladores e poderes judiciais?
Em 2012, comissionado pelo Governo, foi realizado um relatório sobre toda esta temática. Esse relatório mencionava três grandes itinerários para a lei: descerrar integralmente o mercado a novos operadores; liberalizar parcialmente a actividade; ou fechar este negócio, conservando-o como exclusivo da Santa Casa da Misericórdia. Será que impossibilitar a batotice é uma missão descomplicada? Será que a viciação de jogos não constitui um campo de acção muito fértil para as organizações mafiosas? Será que não é pertinente criar um “manual” de medidas que procure educar e refinar todos os participantes, especialmente concebendo códigos e regulamentos de comportamento para analisar procedimentos que impeçam contextos de conflitos de interesse, bem como fragmentações deontológicas?
Depois do tráfico de estupefacientes, do contrabando de armas e da falsificação de marcas, eis que surge a viciação de resultados no futebol. Infelizmente existem fenómenos sociais que fragilizam o futebol e na realidade ainda não compreendemos a exacta dimensão do problema. As autoridades têm conseguido alguns triunfos, mas ainda estão longe de resolver o “dilema”, uma vez que os avanços têm sido paulatinos. Será que alguém conhece a fórmula que permite o verdadeiro combate à viciação de resultados? Será que existem receitas milagrosas que exterminem esta configuração? Será que não existe um conjunto de medidas que deve ser aplicado à escala global? Será que não é fundamental conceber e aplicar legislação adequada a este fenómeno? Será que a concepção dessa legislação não é da competência da Comissão Europeia e, consequentemente, dos Estados-membros? Será que não é relevante gerar um conjunto rigoroso e inflexível de inconciliabilidades reservadas a todos os participantes, sejam eles dirigentes, treinadores, futebolistas, equipas técnicas ou árbitros?
Uma das medidas que já está a desfilar diz respeito aos sistemas de “aviso prévio”, que implicam a supervisão ininterrupta do mercado de apostas da Internet, com a finalidade de descobrir comportamentos desviantes que sintomatizem esforços para adulterar resultados. Quando são detectadas disposições inabituais acabam por ser accionados instrumentos preventivos, que contam com a cooperação das forças policiais. Será que não existem apostas desportivas que à partida já são obnóxias e danosas? Será que não é importante definir que tipo de apostas é admitido? Será que não é igualmente capital criar aparelhos que protejam aqueles que denunciam os viciadores de resultados? Será que os sistemas de monitorização de apostas são eficazes?
Apostar quem vai ser o primeiro a sofrer um penálti, a sofrer um golo ou a ver um cartão vermelho constituem disposições que podem colocar em causa a própria verdade desportiva. Na verdade, convém não esquecer que lidamos com o crime organizado e com indivíduos sem escrúpulos que farão tudo aquilo que for necessário para concretizarem os seus planos e consequentes objectivos. Será que em alguns Países, principalmente nos de Leste, o crime organizado não usa alguns clubes para se legitimar, lavar dinheiro e ganhar dinheiro de modo célere? Será que muitos futebolistas não têm conhecimento de jogos manipulados nos campeonatos onde actuam? Será que muitos deles não foram já abordados para manipular resultados? Será que os clubes não deviam receber uma espécie de compensação pela utilização da sua imagem em apostas desportivas? Será que a exploração de apostas desportivas não deve acarretar um adequado retorno financeiro para os estruturadores das competições? Será que há apostas desportivas, sem desporto? Será que não estamos perante um vazio legal? Qual a finalidade de tanta passividade?
Todos já ouvimos falar em Dan Tan, o cérebro de algumas das redes mais importantes de viciação de resultados. Está na medula das mais proeminentes redes que estão disseminadas pelo mundo inteiro. Sabemos o nome dele, há centenas de provas contra o mesmo, é procurado principalmente pelas autoridades húngaras, italianas e alemãs, e a Interpol tem mandatos de captura. Apesar de o Governo de Singapura se recusar a prendê-lo, há que envergonhar Singapura de tal forma que eles não tenham outra alternativa que não seja prender este vigarista. Será que prender Dan Tan, não constituiria um rude golpe para algumas das mais importantes organizações criminosas ligadas às apostas ilegais? Será que a sua liberdade não transporta fragrâncias de segurança e de motivação para essas organizações? Será que a Interpol, em determinadas situações e Países, não está a actuar como um cão de berço da Fédération Internationale de Football Association (FIFA)? Será que aquilo que se faz não está longe de ser suficiente? Será que a viciação de resultados não pode ser bastante mais nociva do que a prática de doping?
Realçar que quando se usa doping, está a fazer-se trapaça para ganhar. Contudo, quando se vicia um jogo, faz-se batotice para perder. Duas conjunturas condenáveis, mas uma muitíssimo mais condenável que a outra. Alguns anos atrás, o campeonato chinês de futebol tinha dezenas de milhares de espectadores nos jogos. Actualmente são tantos os jogos com resultados combinados que os cidadãos chineses já nem manifestam interesse em assistir a partidas de futebol, pois consideram que é uma autêntica perda de tempo. Esta conjunção começa a despertar e a vulgarizar-se na Europa, particularmente nos Países de Leste, Países com elevados índices de “putrefacção”, em que cada vez menos população assiste aos jogos. Será que não devemos estar inquietados com o fenómeno do futebol em Países como Portugal? Será que não existe nenhuma ligação portuguesa com estas redes de apostas ilegais? Será que a rede criminosa de viciação de resultados não está entranhada na FIFA? Será que a mesma não está infiltrada nas federações nacionais? Será que é possível viciar centenas de jogos internacionais, não tendo ninguém infiltrado nas federações nacionais?
Apesar de todos os vértices relatados, continua a ser mais fácil viciar jogos em Países mais “franzinos”, em clubes de “segunda” ou em ligas secundárias, do que, por exemplo, em ligas poderosas como a liga inglesa, alemã ou espanhola. Será que não é mais fácil subornar alguém sem salário ou com salário baixo?
É seguramente oportuno referir que a manipulação de resultados existe no desporto há centenas de anos, contudo aquilo que temos assistido nas últimas décadas, com a globalização das apostas desportivas, é uma nova configuração de corrupção. Existem organizações criminosas da Ásia que se deslocam fundamentalmente para a Europa e fazem contactos com as estruturas criminosas locais, com o propósito de as aconselharem e instigarem a viciar os resultados dos jogos, subornando árbitros, jogadores e dirigentes.
Depois de inúmeros episódios de manipulação de jogos, principalmente na Ásia, na Europa de Leste e em Itália, o tema regressou novamente ao palco das notícias. Será que podemos acreditar naquilo que observamos quando nos deslocamos a um estádio de futebol ou assistimos a um jogo de futebol através da televisão?
Na realidade, temos obrigação de reflectir profundamente sobre esta temática, evitando a edificação de uma desconfiança universalizada, que eventualmente coloque em causa a reputação do futebol. Será que em determinadas ocasiões a ameaça do problema não contribui, mais do que o próprio problema, para amputar a imagem de credibilidade do desporto? Será que o futebol não constitui um sector apetitoso para aqueles, munidos ou não de escrúpulos, que o saboreiam como um valoroso vértice de negócio? Será que o futebol não estacionou numa superfície calamitosa e pardacenta? Será que adulterar jogos para promover burlas em apostas não é “universal” no panorama mundial? Será que essa viciação não sucede amiudadamente? Será que a mesma não embrulha gigantescas quantias de dinheiro?
Quando falamos em apostas desportivas ilegais, temos obrigatoriamente que ter em conta dois contextos: a manipulação de resultados, com a finalidade de granjear dinheiro em apostas; e a falta de licença de funcionamento, ou seja muitas casas de apostas funcionam sem qualquer tipo de licença. Os recentes arquétipos de jogo online carecem de regulamentação em múltiplos Países europeus, nos quais se inclui Portugal. No nosso País, a deliberação sobre a regulamentação das apostas online está, neste momento, dependente do Ministério das Finanças. Será que o futebol não pode ser degustado como uma vítima? Será que não são necessárias, com o objectivo de aniquilar este logro de amplitude mundial, acções rigorosas, abrangentes e concertadas entre organismos desportivos, autoridades policiais, legisladores e poderes judiciais?
Em 2012, comissionado pelo Governo, foi realizado um relatório sobre toda esta temática. Esse relatório mencionava três grandes itinerários para a lei: descerrar integralmente o mercado a novos operadores; liberalizar parcialmente a actividade; ou fechar este negócio, conservando-o como exclusivo da Santa Casa da Misericórdia. Será que impossibilitar a batotice é uma missão descomplicada? Será que a viciação de jogos não constitui um campo de acção muito fértil para as organizações mafiosas? Será que não é pertinente criar um “manual” de medidas que procure educar e refinar todos os participantes, especialmente concebendo códigos e regulamentos de comportamento para analisar procedimentos que impeçam contextos de conflitos de interesse, bem como fragmentações deontológicas?
Depois do tráfico de estupefacientes, do contrabando de armas e da falsificação de marcas, eis que surge a viciação de resultados no futebol. Infelizmente existem fenómenos sociais que fragilizam o futebol e na realidade ainda não compreendemos a exacta dimensão do problema. As autoridades têm conseguido alguns triunfos, mas ainda estão longe de resolver o “dilema”, uma vez que os avanços têm sido paulatinos. Será que alguém conhece a fórmula que permite o verdadeiro combate à viciação de resultados? Será que existem receitas milagrosas que exterminem esta configuração? Será que não existe um conjunto de medidas que deve ser aplicado à escala global? Será que não é fundamental conceber e aplicar legislação adequada a este fenómeno? Será que a concepção dessa legislação não é da competência da Comissão Europeia e, consequentemente, dos Estados-membros? Será que não é relevante gerar um conjunto rigoroso e inflexível de inconciliabilidades reservadas a todos os participantes, sejam eles dirigentes, treinadores, futebolistas, equipas técnicas ou árbitros?
Uma das medidas que já está a desfilar diz respeito aos sistemas de “aviso prévio”, que implicam a supervisão ininterrupta do mercado de apostas da Internet, com a finalidade de descobrir comportamentos desviantes que sintomatizem esforços para adulterar resultados. Quando são detectadas disposições inabituais acabam por ser accionados instrumentos preventivos, que contam com a cooperação das forças policiais. Será que não existem apostas desportivas que à partida já são obnóxias e danosas? Será que não é importante definir que tipo de apostas é admitido? Será que não é igualmente capital criar aparelhos que protejam aqueles que denunciam os viciadores de resultados? Será que os sistemas de monitorização de apostas são eficazes?
Apostar quem vai ser o primeiro a sofrer um penálti, a sofrer um golo ou a ver um cartão vermelho constituem disposições que podem colocar em causa a própria verdade desportiva. Na verdade, convém não esquecer que lidamos com o crime organizado e com indivíduos sem escrúpulos que farão tudo aquilo que for necessário para concretizarem os seus planos e consequentes objectivos. Será que em alguns Países, principalmente nos de Leste, o crime organizado não usa alguns clubes para se legitimar, lavar dinheiro e ganhar dinheiro de modo célere? Será que muitos futebolistas não têm conhecimento de jogos manipulados nos campeonatos onde actuam? Será que muitos deles não foram já abordados para manipular resultados? Será que os clubes não deviam receber uma espécie de compensação pela utilização da sua imagem em apostas desportivas? Será que a exploração de apostas desportivas não deve acarretar um adequado retorno financeiro para os estruturadores das competições? Será que há apostas desportivas, sem desporto? Será que não estamos perante um vazio legal? Qual a finalidade de tanta passividade?
Todos já ouvimos falar em Dan Tan, o cérebro de algumas das redes mais importantes de viciação de resultados. Está na medula das mais proeminentes redes que estão disseminadas pelo mundo inteiro. Sabemos o nome dele, há centenas de provas contra o mesmo, é procurado principalmente pelas autoridades húngaras, italianas e alemãs, e a Interpol tem mandatos de captura. Apesar de o Governo de Singapura se recusar a prendê-lo, há que envergonhar Singapura de tal forma que eles não tenham outra alternativa que não seja prender este vigarista. Será que prender Dan Tan, não constituiria um rude golpe para algumas das mais importantes organizações criminosas ligadas às apostas ilegais? Será que a sua liberdade não transporta fragrâncias de segurança e de motivação para essas organizações? Será que a Interpol, em determinadas situações e Países, não está a actuar como um cão de berço da Fédération Internationale de Football Association (FIFA)? Será que aquilo que se faz não está longe de ser suficiente? Será que a viciação de resultados não pode ser bastante mais nociva do que a prática de doping?
Realçar que quando se usa doping, está a fazer-se trapaça para ganhar. Contudo, quando se vicia um jogo, faz-se batotice para perder. Duas conjunturas condenáveis, mas uma muitíssimo mais condenável que a outra. Alguns anos atrás, o campeonato chinês de futebol tinha dezenas de milhares de espectadores nos jogos. Actualmente são tantos os jogos com resultados combinados que os cidadãos chineses já nem manifestam interesse em assistir a partidas de futebol, pois consideram que é uma autêntica perda de tempo. Esta conjunção começa a despertar e a vulgarizar-se na Europa, particularmente nos Países de Leste, Países com elevados índices de “putrefacção”, em que cada vez menos população assiste aos jogos. Será que não devemos estar inquietados com o fenómeno do futebol em Países como Portugal? Será que não existe nenhuma ligação portuguesa com estas redes de apostas ilegais? Será que a rede criminosa de viciação de resultados não está entranhada na FIFA? Será que a mesma não está infiltrada nas federações nacionais? Será que é possível viciar centenas de jogos internacionais, não tendo ninguém infiltrado nas federações nacionais?
Apesar de todos os vértices relatados, continua a ser mais fácil viciar jogos em Países mais “franzinos”, em clubes de “segunda” ou em ligas secundárias, do que, por exemplo, em ligas poderosas como a liga inglesa, alemã ou espanhola. Será que não é mais fácil subornar alguém sem salário ou com salário baixo?
É seguramente oportuno referir que a manipulação de resultados existe no desporto há centenas de anos, contudo aquilo que temos assistido nas últimas décadas, com a globalização das apostas desportivas, é uma nova configuração de corrupção. Existem organizações criminosas da Ásia que se deslocam fundamentalmente para a Europa e fazem contactos com as estruturas criminosas locais, com o propósito de as aconselharem e instigarem a viciar os resultados dos jogos, subornando árbitros, jogadores e dirigentes.