Alguns vão continuando sentados na “roleta” da especulação financeira e vão gerando mais-valias com uma facilidade incrível.

Sim, é verdade, a maior economia do mundo e porventura a mais liberal – a economia americana – avançou com a nacionalização de instituições financeiras mais expostas ao crédito imobiliário de alto risco. Nacionalizar, nestes casos, mais não é do que pôr todos os contribuintes a salvar empresas financeiras, evitando maiores danos para a economia.
Falhada que está a possibilidade de auto-regulação dos mercados financeiros, com perdas imensas nos diferentes mercados (quem não se recorda da imagem da borboleta cujo bater de asas causa um furacão algures no mundo…), eis que os bancos centrais disponibilizaram enormes quantias de dinheiro – sob a forma de empréstimos – aos bancos, de modo a evitar falências anunciadas.
Quem diria que o “casino financeiro”, como lhe chamou o Presidente do Brasil, haveria de ditar tantas tormentas em praticamente todos os mercados, atingindo empresas, instituições de crédito e, sobretudo, bancos de investimento, cujo valor caiu em alguns casos para 20%?
Quem diria que seria possível perder ainda mais na nossa Bolsa de Valores, atentas as avultadas perdas acumuladas este ano? Pois bem, as coisas não estão fáceis para nenhuma economia. Estagnadas ou em recessão umas, em crescimento muito lento outras, o certo é que não há forma de ver uma luz positiva ao fundo do túnel para a economia mundial.
Pelo meio, alguns vão continuando sentados na “roleta” da especulação financeira e vão gerando mais-valias com uma facilidade incrível. Por exemplo, quem ontem, face à queda generalizada dos títulos da Bolsa, acreditou ser possível obter alguns ganhos – face à rápida intervenção dos bancos centrais – pôde hoje valorizar o montante investido em 8%, o que é muito mais do que qualquer depósito a prazo gera durante um ano inteiro.