A Justiça continua infelizmente na “moda”, pelos piores motivos naturalmente.

Recentemente vimos aprovada pelo Parlamento legislação que permite às pessoas levarem animais de estimação para os restaurantes, onde estes poderão permanecer em determinadas condições. Não sou daqueles que sou terminantemente contra este tipo de leis ou benefícios para quem costuma andar com os animais de estimação, antes pelo contrário, defendo a criminalização dos maus tratos a animais. Acho pois uma medida útil para quem quiser fazer uso dela e só me choca uma questão nesta decisão, é o timing.
Justifico o que digo com o facto de se legislar de forma positiva a favor dos animais precisamente nos mesmos dias em que se rejeita uma proposta de lei que visa criminalizar o abandono de idosos, bem como a omissão de obrigação de alimentos.
Perante isto o que podemos dizer? Temos uma maioria constituída no parlamento que se preocupa diariamente com a defesa dos animais (e bem, repito), mas por outro lado despe a capa brilhante ao esquecer e colocar de lado uma fatia da nossa população que muito deu a este país, a nós e que necessita da compreensão, conforto e bem-estar que lhes possamos facultar.
Abandonar, negar alimentação ou mal tratar os idosos, nossos familiares ou não, deveria ser punido criminalmente.

Factura detalhada nos Combustíveis
Continuando a falar de legislação, vem aí a factura detalhada no que toca a combustíveis.
Finalmente vem aí a informação nua e crua daquilo que enquanto consumidores pagamos quando estamos a abastecer os nossos carros num posto de abastecimento de combustíveis.
Até aqui sabíamos que pagamos muito imposto, o chamado ISP (imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos), mas agora vamos ter a percepção real da carga que esse imposto representa no preço final do combustível.
Quem Governa e decide vai ter mais uma dor de cabeça para defender o porquê de tamanha carga…

Justiça
A Justiça continua infelizmente na “moda”, pelos piores motivos naturalmente.
Escrevi há algum tempo atrás aqui neste mesmo espaço sobre esta questão e há realmente processos em demasia sobre corrupção neste nosso Portugal tão pequenino. Atinge todos os sectores possíveis, nomes sonantes e menos sonantes, mas o que fica na retina é a forma displicente com que vemos provas a ser destruídas, outras a serem colocadas de lado e surge um alto cargo dirigente no plano da justiça a divulgar esse tipo de decisões ou factos com a maior das naturalidades, apesar de admitir que “destruição de provas documentais não é normal”. Que novidade!

Igreja
De há uns anos a esta parte tenho mantido a esperança que a Igreja católica se regenere, reformule e abra os horizontes à comunidade tal como deveria ser seu apanágio.
O próprio Papa Francisco deu sinais claros desde início que essa abertura e mudança de estratégia era clara e um caminho a seguir. Contudo, fruto de um sem número de acontecimentos desagradáveis por esse mundo fora, com escândalos atrás de escândalos, a envolver elementos da Igreja fizeram com que esta minha esperança se viesse esbatendo até sofrer agora novo abalo com a notícia de que o Cardeal Patriarca de Lisboa defende que os recasados deveriam seguir a abstinência sexual.
A Igreja segue cada vez mais o caminho do descrédito, de um fechar de portas à comunidade, de maus exemplos para os jovens, quando na verdade o principal rosto da própria Igreja luta diariamente por princípios que deveriam ser os verdadeiros, por quebrar preconceitos e dar um novo rumo ao pensamento católico. Muitas paredes terá que saltar o Papa Francisco…