O festival bienal, iniciado em 1997 na Herdade do Zambujal e posteriormente transferido para o distrito de Castelo Branco, tem vindo a receber uma multiplicidade de prémios internacionais ao longo dos anos, com destaque para a vertente ambiental, integrando a “Stakeholder Initiative” das Nações Unidas para a Música e o Ambiente.
“Dez edições e 17 anos após o seu começo [o Boom], tem quatro áreas musicais, uma área de conferências, uma área de bem-estar, a música vai desde a eletrónica à ‘world music’, tem mais de 300 artistas, é um festival multidisciplinar, intercultural e reconhecido mundialmente pelo seu programa ambiental. Tem sido uma viagem bastante interessante”, disse à agência Lusa o membro da organização Artur Mendes.
Num evento onde 15% do público é português e numa altura em que Idanha-a-Nova se prepara para anunciar a candidatura à rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, em inglês), Artur Mendes sublinha que o festival tem um “impacto muito grande para uma região que infelizmente é muito débil em termos económicos e até sociais”.
O Boom Festival tem uma estrutura, neste momento, de cerca de 85 pessoas e vai atingir um pico de 1.000 durante o evento, sabendo desde já a organização que o evento já conta com bilhetes vendidos para 130 países, através de dados da Unicre.
“Não sei se em Portugal existe algum evento, inclusive desportivo, que consiga atrair tantas pessoas de tantas partes do mundo”, afirmou Artur Mendes.
Para além do destaque dado à música eletrónica, cujo cartaz inclui nomes como Man With No Name, Green Nuns of the Revolution e Juno Reactor, o festival vai acolher ainda vários projetos nacionais, incluindo Sensible Soccers e os barcelenses Black Bombaim.
O festival decorre ao longo de uma semana, mas a organização não pretende que seja “uma maratona”, mas sim “um evento longo, que é para ser desfrutado com muita calma”, diz Artur Mendes, acrescentando: “É como ir de férias. E ninguém se cansa de férias”.
O bilhete para o Boom Festival custa 166 euros, havendo ainda a opção de prolongar a experiência até ao dia 14 de agosto e até de incluir transporte de autocarro a partir do aeroporto de Lisboa ou de Madrid.