“Apesar deste cenário dramático de carência de enfermeiros para fazer face às necessidades próprias dos serviços, o Conselho de Administração [da ULS] decidiu contratar oito enfermeiros e, destes, cinco serão contratados a Contrato Individual de Trabalho a Termo Resolutivo”, refere o SEP, em comunicado enviado hoje à agência Lusa. O sindicato considera a situação “inadmissível” e sublinha que esta “opção inqualificável do Conselho de Administração terá consequências”. Segundo o comunicado, na ULSCB, “nenhum enfermeiro em ausência prolongada é substituído” e adianta ainda que “não existe um único serviço no hospital [Amato Lusitano] ou unidade funcional dos Cuidados de Saúde Primários que cumpra as dotações consideradas seguras”. O SEP refere que a carência de enfermeiros na ULSCB tem determinado a “redução do número de enfermeiros por turno em alguns serviços, acumulação de horas [637 horas na Urgência e 655 na Medicina Mulheres], recurso a trabalho extraordinário não pago e redução do número de enfermeiros nos Centros de Saúde”. O sindicato adianta ainda que na totalidade dos centros de saúde “faltam cerca de 60 enfermeiros” e “só em seis serviços do HAL faltam 69”. Perante este cenário, o SEP vai solicitar reuniões com os autarcas da área de abrangência da ULSCB e também com os enfermeiros, pois considera que “está na hora de acabar com a exploração física e psicológica destes profissionais”.
Sindicato alerta para falta de enfermeiros em Castelo Branco
A delegação de Castelo Branco do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusou hoje a Unidade Local de Saúde (ULSCB) de querer contratar oito enfermeiros “para fazer face a uma carência de, pelo menos, 125” daqueles profissionais.