Depois de uma antiga fábrica de lanifícios ter sido o espaço escolhido o ano passado, o desafio para este ano era ambicioso: fazer de 30 mil metros quadrados da emblemática garagem uma fusão das mais variadas disciplinas artísticas. A comunidade artística, não apenas da região como alguns convidados nacionais e internacionais, aderiu, envolveu-se e surpreendeu. Já as 1500 pessoas que durante os dias 1,2 e 3 de maio visitaram a mostra, ficaram abaixo do número de visitantes esperados.
Com apoios essencialmente logísticos, a organização terminou o evento com uma dívida a rondar os quatro mil euros, que Bruno Cunha, coordenador de operações do Expand Your Mind, não sabe como vai ser saldada.
“Precisamos de ajuda. É o que digo a toda a gente. Ou a Covilhã nos ajuda, ou vai perder o Expand Your Mind”, avisa Bruno Cunha. “Depois de todo o esforço que fizemos, durante nove meses, ainda vamos ficar com uma dívida tão grande”, lamenta o promotor do evento.
Para além do aspeto financeiro, a mostra, a que Bruno Cunha já chamou uma “caldeirada de artes”, foi “extremamente positiva a todos os níveis”. Os responsáveis não estavam à espera que os visitantes manifestassem tanta surpresa pelo que encontraram. “Dizem-nos que com lixo fizemos tesouros”, conta.
“O passo de provar que somos fortes e criativos, já foi dado. O próximo em nada depende de nós. Vamos ficar parados à espera de um feedbak da população e das entidades. Ou nos ajudam, ou o EYM vai morrer”, informa Bruno Cunha, uma das cerca de 130 pessoas envolvidas na organização do evento