A taxa dos valores em dívida classificados como incobráveis no setor da construcção nacional voltou a aumentar em 2013. De acordo com os dados disponibilizados pela empresa sueca de gestão de crédito, Intrum Justitia, a taxa de incobráveis em Portugal, no ano passado, situou-se em 5,2%, acima da média da União Europeia (UE) que foi de 3,9%. O “EPI 2013 Industry White Paper” publicado pela empresa sueca mostra que este setor tem vindo a registar aumentos desta taxa. Em 2011 os incobráveis foram de 4,4% e em 2012 de 4,7%, valores sempre acima da média verificada na UE. Para o director geral da empresa para a Península Ibérica, Luís Salvaterra, trata-se “de valores preocupantes” que têm como consequência mais dramática a diminuição abrupta dos postos de trabalho. Relativamente aos dias necessários para o pagamento das facturas neste sector, Salvaterra explica que em Portugal a média de dias também é superior à média europeia: “Em Portugal a média para pagar as facturas é de 113 dias, significativamente superior ao que se passa na Europa, com 55 dias”, elucidou. O relatório conclui também que aguardar ou não agir sobre os créditos vencidos tem um “custo muito elevado”, ao que Luís Salvaterra acrescenta que “os não pagamentos atingiram grandes proporções e representam um enorme obstáculo para a recuperação europeia”.
Incobráveis no setor da construção em Portugal acima da média europeia
No mercado português da construção a taxa de incobráveis em 2013 atingiu 5,2%, que compara com a média europeia de 3,9%.
