BE questiona Governo sobre obras e infiltrações de água no Hospital da Guarda

O Bloco de Esquerda (BE) questionou o Governo sobre a conclusão das obras de ampliação e remodelação do hospital da Guarda e a reparação das infiltrações de água no edifício da urgência, anunciou hoje o partido.

“Quando prevê o Governo que estejam concluídas as obras de ampliação e remodelação do Hospital da Guarda? Quando vão ser reparadas as infiltrações no serviço de urgência do Hospital da Guarda?”, questionam os deputados do BE, João Semedo e Helena Pinto, numa pergunta dirigida ao Ministério da Saúde através da Assembleia da República. Os deputados denunciam que o edifício do serviço de urgência “está com diversas infiltrações, que obrigam à colocação de baldes para acolher a água quando chove”, como aconteceu esta semana. João Semedo e Helena Pinto afirmam tratar-se de uma situação “manifestamente desadequada”, que “deve ser reparada com urgência”. Os deputados do BE lembram ainda que a Unidade Local de Saúde da Guarda, que gere o Hospital Sousa Martins (HSM), “tem estado envolta em controvérsias várias relacionadas com as obras no novo hospital”. Apontam que a população “continua a aguardar a conclusão das obras de remodelação e ampliação do seu hospital”, uma vez que não se sabe “quando irão ser integralmente concluídas”. “Em resposta a uma pergunta do BE, em 2012, o Governo referia que ‘não é possível apontar uma data de conclusão das obras de ampliação e remodelação do HSM’”, é salientado. Dois anos depois, “é expectável que o Governo já tenha uma data e o BE pretende conhecê-la”, refere o documento. O coordenador distrital do BE/Guarda, Marco Loureiro, denunciou esta semana que a população do distrito entrou em 2014 sem ter o novo pavilhão do hospital “aberto ao público”, estando o edifício “pronto desde junho de 2013”. “Depois de vários anúncios de inauguração e de sucessivos adiamentos, veio-se a comprovar que havia falhas de segurança no projeto, pois não foram projetadas saídas de emergência no primeiro piso, nem portas corta-fogo e aspersores contra incêndios nos diversos corredores”, aponta o dirigente. O projeto da primeira fase de remodelação e de ampliação do HSM foi homologado em 2008 com um orçamento superior a 55 milhões de euros, refere o BE. No novo edifício apenas funcionam, desde o dia 20 de janeiro, as consultas externas. O pavilhão, de quatro pisos, tem uma área de 48.600 metros quadrados e vai acolher serviços que atualmente estão dispersos por dois antigos blocos, um centenário e outro construído na década de 1990.


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