Francisco Assis defende aposta no corredor ferroviário de mercadorias Aveiro - Salamanca

Na passagem pela Guarda, o cabeça de lista do PS às europeias defendeu que os próximos fundos comunitários devem ser aplicados nas regiões centro e norte.

O cabeça de lista do PS às europeias, Francisco Assis, considerou hoje que a saída da ‘troika’ em junho corresponde à perspetiva da assinatura do memorando e que a data de 17 de maio foi encenada pelo Governo. O jornal norte-americano Wall Street Journal noticia hoje que a saída de Portugal do programa de assistência financeira foi adiada até ao final de junho, uma vez que os credores internacionais remetem o pagamento da última tranche para depois das eleições europeias. “O que estava previsto, desde que assinámos o memorando, era que sairíamos (…) três anos depois e a perspetiva era que saíssemos precisamente em junho. Pelos vistos, da parte do FMI sempre foi essa a perspetiva de que a saída seria em junho”, afirmou Francisco Assis à agência Lusa, no início de uma ação de pré-campanha na Guarda. O candidato socialista referiu que “a data do 17 de maio, em concreto é, de facto, uma grande encenação política construída sobretudo pelo Dr. Paulo Portas que visa por essa maneira montar uma grande ação de propaganda com a expectativa de, com isso, condicionar os resultados das eleições europeias, só que os portugueses já não se deixam enganar”. Assis lembrou que a coligação PSD/CDS-PP fez promessas ao país “em véspera das últimas eleições legislativas” que foram “postas em causa logo no dia seguinte à tomada de posse deste Governo”, e atualmente pretende “fazer a mesma coisa”. “Simplesmente, o que temos que avaliar é a situação em que o país está, em primeiro lugar, e, em segundo lugar, vamo-nos deixar de encenações. Isto, de alguma maneira, até é brincar com os portugueses, que estão a ser sujeitos a sacrifícios absolutamente desmedidos, em alguns casos com consequências trágicas”, disse. Denunciou ainda que “há muitas empresas destruídas, há famílias que estão a viver situações verdadeiramente trágicas e a maioria prepara-se para fazer uma grande encenação teatral em torno desta questão da saída da ´troika'”. Segundo Assis, o que a notícia do Wall Street Journal vem demonstrar “é que essa data do 17 de maio, que de facto é quando faz três anos exatamente da assinatura desse memorando, (…) está inserida numa grande encenação teatral da maioria, com o objetivo de tentar indevidamente condicionar os resultados eleitorais” das eleições “que se realizam oito dias depois”. “Simplesmente, os portugueses já não se deixam enganar, e bem sabem o estado em que Portugal está e o estado em que Portugal vai estar no instante, seja ele quando for, da saída da ´troika'”, concluiu. Na passagem pela Guarda, o cabeça de lista do PS às europeias defendeu que os próximos fundos comunitários devem ser aplicados nas regiões centro e norte do país, onde “é preciso ainda fazer muito investimento”. Defendeu ainda a aposta no corredor ferroviário de mercadorias Aveiro – Salamanca (Espanha) para promover o desenvolvimento da zona e a ligação à Europa.


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