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Quinta das Fórneas, propriedade do Centro de Formação, Assistência e Desenvolvimento (CFAD) O Centro de Formação Assistência e Desenvolvimento (CFAD) da Guarda, presidido por Virgílio Mendes Ardérius, quer aproveitar as muitas potencialidades da Quinta das Fórneas, uma propriedade com mais de 120 hectares, localizada nas proximidades da cidade. Formação profissional, produção de energia eólica e […]

Quinta das Fórneas, propriedade do Centro de Formação, Assistência e Desenvolvimento (CFAD)

O Centro de Formação Assistência e Desenvolvimento (CFAD) da Guarda, presidido por Virgílio Mendes Ardérius, quer aproveitar as muitas potencialidades da Quinta das Fórneas, uma propriedade com mais de 120 hectares, localizada nas proximidades da cidade.

Formação profissional, produção de energia eólica e fotovoltaica, agricultura, floresta, lazer, caça, pesca e produção animal, são algumas das áreas que poderão vir a ser desenvolvidas naquele local, que foi adquirido pelo CFAD há cerca de 8 anos, inicialmente, para instalação de torres eólicas para produção de energia.

A instituição já investiu cerca de 300 mil euros, com uma comparticipação que rondou os 70 mil, na recuperação da antiga capela (que em tempos foi utilizada como curral de animais), de um forno e das casas de habitação, onde foram criadas condições para ser ministrada formação profissional (salas de formação e de apoio, sanitários, refeitório, bar e cozinha).

“Estou muito virado para este projecto, porque é uma quinta que é preciso valorizar”, disse Virgílio Mendes Ardérius ao Jornal A Guarda, contando que a primeira preocupação, após a compra, foi “recuperar a casa da quinta para ser um Centro de Formação, de Desporto, Cultura e Lazer” e abrir uma nova acessibilidade. Ainda falta recuperar uma construção antiga para funcionar como Casa do Residente, “para acolher um casal que queira tratar da quinta”, revelou.

O presidente da direcção do CFAD também adiantou que tem um projecto feito para criação de corsos, numa área de 20 hectares; já celebrou um protocolo com a Associação Afloestrela que permitiu por a funcionar um campo de treino de caça; plantou cerca de 800 árvores da espécie Paulownia, de crescimento rápido, para biomassa; e criou uma charca para pesca desportiva. Também já fez uma candidatura para instalação de um Parque de Merendas.

Virgílio Mendes Ardérius assegurou que o complexo já está “apto para começar a funcionar no imediato” como Centro de Formação. No entanto, referiu que o início da actividade depende da aprovação de cursos de formação profissional nas áreas de Produção Apícola, Técnico de Recursos Florestais e Ambientais e Operador Agrícola, que foram candidatados ao Programa POPH. “Se nos tivessem aprovado as candidaturas a estes cursos, já tínhamos arrancado com a formação neste espaço”, disse.

O responsável admitiu que “são áreas de formação auto-sustentáveis aos vários níveis. É fundamental que preparemos pessoas que valorizem a nossa riqueza endógena, que não seja formação pela formação, mas com o objectivo de rentabilizarmos aquilo que temos”, declarou. Virgílio Mendes Ardérius que defende um novo paradigma na aprovação de cursos profissionais, apontando que “os seleccionadores e os avaliadores dos cursos deviam ir ao terreno conhecer a realidade”. “Se queremos desenvolver o Interior e a riqueza que temos aos vários níveis, é preciso vir para o terreno. Quem decide deve vir ao terreno, porque cada vez mais temos que olhar para o campo e para as riquezas que temos”, defendeu.

Disse que no campo da formação, o CFAD tem formadores, estruturas e espaço “onde realizar toda a formação aos vários níveis e o que é preciso é que nos deixem trabalhar e abram caminhos, porque no arranque, as entidades colocam dificuldades, quando o papel do Estado devia ser facilitador para o arranque de iniciativas que são rentáveis”.


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