Fiscalistas dizem que economia paralela não atinge 25% do PIB.
O diretor-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira afirmou, durante a conferência de quinta-feira sobre Faturação Eletrónica, que «o nível de evasão fiscal no nosso país não atinge a dimensão que alguns pretendem sugerir». Instado, à margem dos trabalhos, a revelar a dimensão da economia informal em Portugal, José Azevedo Pereira não quis revelar números. Alguns especialistas presentes na conferência apontam para valores de economia informal no nosso país da ordem dos 6% a 7% do PIB, em linha com o ‘VAT gap’ e, sobretudo, o ‘Tax gap’, afirmam. Carlos Lobo, partner da Ernst & Young e vogal da direção do Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal, também garante que a dimensão da chamada economia paralela em Portugal «é substancialmente inferior aos números que são geralmente apontados». O antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais vai mesmo ao ponto de dizer que «a verdadeira dimensão da economia informal no nosso país é, na pior das hipóteses, metade da que lhe é geralmente atribuída», ou seja nunca mais de 12,5% do PIB.