O valor que os bancos atribuem às casas está em queda e é hoje 5,2% mais baixo do que há um ano.
O valor que os bancos atribuem às casas em Portugal continua em trajetória descendente, sinal da crise na construção e no mercado imobiliário. Um inquérito do INE hoje revelado deu conta de que o valor médio de cada metro quadrado foi de 1.008 euros nas avaliações bancárias de janeiro, menos 1,1% que no mês anterior e menos 5,2% face a igual período do ano passado. É o valor mais baixo de sempre. Em todas as regiões do país os preços caíram na comparação com janeiro do ano passado, à exceção da Madeira (2,7%). Açores (-8,6%) Centro (-6,6%) e Norte (-6,1%) foram as regiões mais penalizadas pelas instituições bancárias na hora de decidir qual o valor do empréstimo a conceder. Na comparação entre dezembro e janeiro deste ano, a região da Madeira (4,9), Açores (2%) e Alentejo (1,4%) conseguiram fugir à tendência negativa e registaram ligeiros aumentos nos preços das casas medidos pela banca. Em sentido inverso, Lisboa destacou-se pela negativa com um corte de 14 euros no preço por m2 em relação ao valor registado em dezembro. Aqui, o metro quadrado vale 1.193 euros. Já no Porto os preços das casas desceram em 13 euros por metro quadrado, ou seja, de 964 para 951 euros. Um pouco mais abaixo, no Algarve, os preços das casas desceram 23 euros por metro quadrado, fixando-se nos 1.268 euros. Entre as regiões que apresentam os valores médios de avaliação mais elevados, acima da média do País, encontram-se Lisboa, Algarve e Madeira. No extremo oposto, nota o INE, ficam as regiões Norte e Centro, com valores muito abaixo do resto do território nacional. Segundo os mesmos dados, por tipologia, o valor médio de avaliação bancária dos apartamentos diminuiu 0,9% face a dezembro de 2012, para 1.037 euros/m2, e desceu 5,2% face ao período homólogo de 2012. Já o valor médio de avaliação bancária das moradias para o total do país situou-se em 960 euros/m2 em janeiro, o que se traduziu numa descida de 1,4% face ao mês anterior e numa queda de 5,1% face ao mesmo mês do ano anterior. Estes dados do INE resultam de um inquérito que acompanha as avaliações que as instituições bancárias fazem ao preço das casas e que serve, por isso, de indicador da robustez do setor da habitação em Portugal.