Um plano que apresenta ideias para o reforço da competitividade de oito cidades de Portugal e de Espanha foi apresentado na Guarda.
Um Plano de Desenvolvimento Territorial que apresenta ideias para o reforço da competitividade de oito cidades de Portugal e de Espanha no contexto da Europa foi apresentado, esta quinta-feira, na Guarda. O documento foi elaborado no âmbito de uma candidatura ao POCTEP – Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal/Espanha 2007-2013, numa parceria que envolve as cidades de Aveiro, Guarda, Coimbra, Figueira da Foz e Viseu (Portugal), Salamanca, Ciudad Rodrigo e Valladolid (Espanha). O Plano de Desenvolvimento Territorial da Rede de Cidades CenCyL, apresentado esta quinta-feira pela Câmara Municipal a autarcas, empresários e entidades locais, pretende «estabelecer sinergias entre as diferentes cidades no sentido de fomentar a qualidade de vida dos seus habitantes e dos territórios envolventes». Segundo o autarca Joaquim Valente, o plano identifica «uma série de potencialidades que podem ser complementares» entre as várias cidades envolvidas e, ao mesmo tempo, contribuir para que as próprias localidades puxem «pelas dinâmicas que já têm». No caso da Guarda, referiu que «será sempre uma cidade de logística, mas será também sempre uma cidade virada para o turismo e para o bioclimatismo». Explicou que o quadro comunitário de 2014/2020 «dará resposta aos projetos que irão integrar a estratégia apontada» pelo Plano de Desenvolvimento Territorial da Rede de Cidades CenCyL e cada autarquia abrangida irá «desenvolver esses projetos em termos de complementaridade ou potenciando estratégias que já estão definidas». O plano foi elaborado entre março e dezembro de 2012 numa parceria entre o CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, Ld.ª e a empresa espanhola TAU – Planificación Territorial, SL. José Manuel Simões, coordenador de projetos do CEDRU, que apresentou o documento na Guarda, disse que foram elencadas várias ações para que as oito cidades do eixo abrangido sejam inovadoras, empreendedoras e competitivas; acessíveis, sustentáveis e saudáveis; abertas, inclusivas e integradoras; governadas, participativas e transparentes. «Todas elas [as ações] visam potenciar uma faixa de território que já por si é um corredor importante na articulação entre os dois países», justificou. Disse que as cidades, estando unidas, podem, por exemplo, aumentar o poder de reivindicação em relação à ferrovia, «potenciar a ideia das Plataformas Logísticas» e «valorizar as complementaridades» turísticas e culturais do território. Uma rede deste tipo também pode ajudar a cooperação entre empresas e instituições de ensino superior, apontou. Segundo José Manuel Simões, a «ideia de rede dá uma pujança demográfica e económica» ao eixo abrangido e «põe em conjunto vários valores e complementaridades que têm que ser aproveitados». Os municípios abrangidos pela Rede de Cidades CenCyL vão assinar o convénio de cooperação territorial no dia 14 de junho, em Salamanca (Espanha).