Na falta de acordo, e porque a mãe recorreu aos tribunais, um juiz mandou enterrar o adolescente.
O corpo de John Mike da Silva, de 16 anos, está desde sábado na morgue do Hospital da Guarda porque os pais, divorciados, não se entendem sobre o tipo de funeral que deverá ser feito ao filho. Na falta de acordo, e porque a mãe recorreu aos tribunais, um juiz mandou enterrar o adolescente. Numa primeira fase, o pai do jovem autorizou a cremação por escrito, tal como pretendia a ex-mulher, mas terá rasgado o papel a seguir, nas instalações de uma agência funerária, exigindo que o filho fosse enterrado no cemitério. E foi neste contexto que, anteontem, a mulher avançou com uma ação cautelar para resolver o conflito. «O meu filho sempre teve uma educação católica e por isso deve ser enterrado», disse, ao Jornal de Notícias, José Manuel Silva, de 50 anos. A mãe, Virginie Weywer, francesa, garante que quis apenas «respeitar a memória e a vontade do filho». Aliás, além de invocar conversas recentes com o jovem estudante, a mãe contou com o depoimento de amigos do filho que afirmaram ser essa a vontade dele.