Espaço foi cedido, mas faltam 150 mil euros para as obras.
O Banco Alimentar da Cova da Beira já tem um novo armazém, mas para já o espaço não pode ser utilizado, por precisar de obras que a organização não tem como pagar. Aguarda agora a oportunidade para se candidatar a financiamento comunitário ou por outra ajuda. As instalações são numa antiga fábrica, na zona da Palmatória, junto ao cruzamento para o Tortosendo (Covilhã), arrendadas à Segurança Social pela Câmara da Covilhã, que por sua vez as cedeu ao Banco Alimentar. Mas o edifício, amplo, requer obras que exigem um mínimo de 150 mil euros. Só para a reparação do telhado, por onde se infiltra água, são 80 mil euros. A organização funciona no Bairro da Alâmpada, Boidobra (Covilhã), mas o atual armazém é pequeno para as necessidades. «O novo espaço está-nos a fazer muita falta. Neste momento, começa a ser problemático», diz Paulo Pinheiro, o presidente. Para além do armazenamento dos géneros conseguidos nas duas campanhas anuais e dos que vão sendo doados, existe também a troca de papel por alimentos, e com a falta de espaço torna-se complicado armazenar as toneladas de papel que vai sendo entregue no Banco Alimentar. Para o novo armazém «ficar em condições», seria necessário pelo menos mudar o telhado, verificar os vidros da antiga fábrica e as fechaduras. Para conseguir o financiamento o Banco Alimentar está «virado para várias frentes». A mudança para o novo espaço está dependente da obtenção de apoios para as obras, informa Paulo Pinheiro. Uma das possibilidades foi gorada. Agora o Banco Alimentar tem esperança no próximo quadro comunitário de apoio, com disponibilidade para a economia social, salienta o presidente. Fora de questão está o recurso a qualquer empréstimo. «O Banco Alimentar não se vai endividar, porque nós vivemos com o que temos e não com o que supomos vir a ter», acentua Paulo Pinheiro. Na semana passada a instituição recebeu uma doação de monta: 33 paletes de almôndegas, oferecidas por uma multinacional.