O Bloco de Esquerda (BE) da Guarda considerou hoje que obteve um “resultado histórico” nas eleições autárquicas de 29 de setembro e recordou ter conseguido manter os dois deputados na Assembleia Municipal.
A candidatura do BE à Câmara e à Assembleia Municipal da Guarda, com o lema “A Guarda Existe”, reconheceu, em comunicado enviado à agência Lusa, que “obteve um resultado histórico para o BE no concelho” e que a “esquerda de confiança saiu reforçada e vitoriosa”. O BE lembrou que, em 2005, quando se candidatou pela primeira vez no município da Guarda, obteve 521 votos para a Câmara e 819 para a Assembleia Municipal, com a eleição de um deputado municipal. Em 2009, registou 723 votos para a Câmara e 1.064 votos para a Assembleia Municipal, elegendo dois deputados municipais, referiu. No ato eleitoral de 29 de setembro, o Bloco, “com a equipa mais jovem de sempre”, liderada por Marco Loureiro (Câmara) e Bruno Andrade (Assembleia Municipal), obteve 871 votos para a Câmara e 1.344 para a Assembleia, mantendo os dois deputados municipais. O BE assinalou que reforçou a votação na Câmara e na Assembleia Municipal, sendo neste último órgão autárquico “a terceira força política mais votada”. “É certo que a coligação PSD/CDS-PP liderada pelo doutor Álvaro Amaro conquistou um dos principais bastiões do PS, mas também é certo que a esquerda de confiança saiu reforçada e vitoriosa”, indicou o BE. Nos próximos quatro anos, os deputados do BE serão “mais do que nunca a voz do povo, dos mais desfavorecidos, dos mais jovens aos mais velhos, lutando sempre ao lado destes e defendendo os serviços públicos”, como a educação, a saúde, a justiça, a água, a eletricidade, os postos de correio, a habitação e os transportes, anunciou o partido. A candidatura do BE à Câmara da Guarda também promete que os dois eleitos para a Assembleia Municipal estão atentos e exigirão “que as promessas feitas ao longo destas eleições sejam cumpridas na sua totalidade e que a democracia participativa passe da teoria à prática”. Álvaro Amaro, da coligação PSD/CDS-PP, foi eleito presidente da Câmara Municipal da Guarda, por maioria absoluta, com 51,43% dos votos e cinco mandatos autárquicos. O PS, que candidatou o advogado José Martins Igreja, perdeu a liderança da capital de distrito, que desde 1976 era presidida pelos socialistas, ao conseguir 30,39% e a eleição de dois vereadores.