O novo presidente da Câmara da Guarda, o social-democrata Álvaro Amaro, disse hoje que o grande objetivo para os próximos quatro anos é contribuir para que a cidade aumente o “poder de atração” de empresários.
Álvaro Amaro, que conquistou o município até agora socialista para o PSD/CDS-PP nas autárquicas de 29 de setembro, disse hoje à agência Lusa que irá captar novos investidores para a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE). “A Guarda vai aumentar, e é para isso que eu vou trabalhar, o seu poder de atração” de empresários, garantiu. Em sua opinião, a autarquia “tem que criar condições para que os empresários apostem na Guarda e se fixem na Guarda”, que é “exatamente o contrário” daquilo que lhe dizem que aconteceu com a gestão do PS. “Nós vamos aumentar o poder de atração dos investidores, vamos chamá-los, vamos captá-los”, prometeu o economista, que nos últimos três mandatos liderou a câmara de Gouveia. Na entrevista à Lusa, Álvaro Amaro disse que também dirá ao Governo que “é preciso olhar” para a Guarda, “porque oferece condições fantásticas” e tem “uma plataforma logística que está a meio gás”. O novo autarca promete ainda estudar a possibilidade de “diminuir significativamente o preço do metro quadrado” na PLIE para “aumentar o poder de atração” do complexo empresarial. Outra das intenções é a captação de turistas estrangeiros através do pagamento do valor das portagens, “desde que durmam uma noite” na cidade. O social-democrata também promete “aproveitar ao limite” os fundos comunitários “para a competitividade da economia” e para a “requalificação urbana”. Amaro vai ainda dedicar atenção às políticas sociais e celebrar um protocolo com as farmácias do concelho para ajudar na aquisição de medicamentos “aqueles que estão numa situação de pobreza real”. O presidente eleito disse que quando tomar posse do cargo vai mandar fazer uma auditoria à câmara da Guarda em três vertentes: económica, financeira e social. No entanto, adverte que “uma auditoria, uma fotografia, uma radiografia, não é para ir à procura de ninguém”, mas “é a fotografia para quem tem que administrar” o município nos próximos quatro anos. “Eu tenho que saber qual é a real situação financeira, qual é o grau de compromisso financeiro do município, de receitas próprias, de transferências do Estado, qual é a capacidade de nós aumentarmos ou não essas receitas próprias sem castigar as pessoas”, justificou. Álvaro Amaro foi eleito presidente da Câmara da Guarda, por maioria absoluta, com 51,43% dos votos e cinco mandatos autárquicos. O PS, que candidatou o advogado José Martins Igreja, perdeu a liderança da capital de distrito, que desde 1976 era presidida pelos socialistas, ao conseguir 30,39% e a eleição de dois vereadores. O social-democrata justifica a vitória expressiva com “muito trabalho” e por os eleitores considerarem que era “uma hora muito importante de viragem” para o concelho.