“O impacto que este orçamento pode ter no futuro, seja executado no próximo ano ou no seguinte, vai estar à vista dos manteiguenses: 38 casas, uma escola nova, estradas requalificadas e projetos inovadores ao nível do turismo”, disse Flávio Massano, autarca independente, na reunião de Câmara que aprovou o orçamento, por maioria, e que foi transmitida ‘online’.
Os documentos previsionais para 2025 passaram com o voto de qualidade do presidente, em minoria no executivo, uma vez que o vereador do PSD, Nuno Soares, votou contra e os socialistas dividiram-se: Tomé Branco votou contra e Ângela Muxana absteve-se.
Para Flávio Massano, as Grandes Opções do Plano são “ambiciosas, têm um valor alto e vão exigir muita execução”.
“Temos um bom projeto para o município, se o concretizássemos ficaríamos muito mais próximos de ter um concelho mais preparado para o futuro”.
O autarca destacou a requalificação da Estrada Nacional 338, entre a vila e os Piornos, já adjudicada por cerca de 3,3 milhões de euros, mais IVA, a reabilitação da escola local, que vai custar mais de um milhão de euros, e a construção de sete fogos habitacionais a custos acessíveis, também orçada em mais de um milhão de euros.
“Estamos a propor coisas boas, com financiamentos assegurados, e isso é importante. Há aqui muitas coisas que seguramente será o próximo executivo a executar, também é importante deixar coisas para quem ganhar as eleições” em 2025, concluiu o presidente da Câmara de Manteigas, no distrito da Guarda.
Do lado do PS, Tomé Branco votou contra por “não acreditar no orçamento”, tendo alertado que “um orçamento não é um programa político, como tal, não se pode debitar tudo o que gostaria de ser feito para depois não fazer grande parte”.
O socialista também estranhou que a autarquia preveja apenas aumentar as transferências para as duas Juntas de Freguesia urbanas e manter as verbas para as outras duas rurais.
Ângela Muxana absteve-se porque o orçamento para 2025 “não é muito diferente do do ano passado e não vai ser executado, tal como o do ano passado não foi”.
Nuno Soares, do PSD, votou contra, alegando, numa declaração de voto, que se a maioria independente do movimento ‘Manteigas 2030’ que governa o município tivesse executado os três orçamentos anteriores “em proporções razoáveis e desejáveis, não teria agora certamente tanto para executar, pois já o teria feito anteriormente”.
O social-democrata acrescentou que “todos os orçamentos deste mandato são despesistas em várias matérias, mas, qual síndrome de proporcionalidade inversa, quanto maiores menos execução têm”.
Os documentos previsionais seguem agora para a Assembleia Municipal, cuja sessão ainda não está agendada.