O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) inaugurou ontem a sede do polo do Centro do Observatório Nacional do Envelhecimento conforme a notícia avançada pelo Beira.pt que é considerado pelo seu presidente como sendo um projeto de “grande responsabilidade” para a instituição.
O polo, que foi inaugurado pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, é valorizado pelo presidente do IPG, Joaquim Brigas, que disse à agência Lusa tratar-se de uma “responsabilidade acrescida” por “representar toda a região Centro”.
Joaquim Brigas assume tratar-se de “uma grande responsabilidade” para a instituição que lidera porque os dois outros polos estão instalados no Norte (Universidade do Porto) e no Sul (Universidade Nova de Lisboa).
“Também é o reconhecimento do trabalho que tem sido feito em termos de investigação no Politécnico da Guarda, porque isto não surgiu do nada. Manifestámos o nosso interesse junto do Observatório Nacional e a nossa pretensão foi aceite, porque o trabalho que temos vindo a desenvolver nesta área é bastante significativo”, explicou.
Joaquim Brigas lembrou que o IPG tem a liderança de projetos europeus na área do envelhecimento e tem vários com autarquias e instituições particulares de solidariedade social e possui investigadores que estão a trabalhar na área da farmacologia para pessoas idosas.
O IPG tem um grupo de trabalho superior a vinte pessoas que tem feito investigação na área e a instalação do polo do Observatório Nacional do Envelhecimento na região Centro “acaba por ser um reconhecimento do trabalho feito”, disse.
O novo polo, que ocupa instalações no edifício dos Serviços Centrais do IPG, irá funcionar com cinco investigadores.
Nuno Marques, presidente do Observatório Nacional do Envelhecimento, referiu que os investigadores associados ao projeto da Guarda irão trabalhar as temáticas do envelhecimento “a partir do interior” do país.
Explicou que a estrutura criada na Guarda vai “analisar vários dados ao longo da vida” de áreas como a saúde, sociais, do trabalho, económicas, das condições de habitação e de vida das pessoas “porque tudo isto impacta na forma como as pessoas envelhecem”.
Segundo Nuno Marques, a opção pela cidade mais alta do país foi feita por ter tido “desde sempre um grande dinamismo” nas áreas do envelhecimento, por acolher futuramente um Centro de Inovação Social e por ter um Politécnico que tem “as características necessárias” para dar o contributo em termos nacionais.
Na opinião da ministra do Trabalho Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que presidiu à inauguração do espaço, o polo do Observatório Nacional do Envelhecimento na região Centro permitirá que a academia esteja ligada ao setor social e procurar “desenvolver novas respostas” e testar modelos para “responder de maneira diferente ao envelhecimento”.
O Observatório irá fazer um diagnóstico e, ao mesmo tempo, testar novas soluções que estão a ser desenvolvidas pelas Universidades e que possam ser colocadas ao uso das populações, rematou.
O Observatório Nacional de Envelhecimento é coordenado pelo Algarve Biomedical Center, pela NOVA Medical School da Universidade Nova de Lisboa e pela Universidade do Porto, e pretende dinamizar a colaboração entre instituições públicas, privadas e sociedade civil para o estudo do envelhecimento.
Fazem ainda parte do projeto vários parceiros e entidades públicas e privadas.