Município de Figueira de Castelo Rodrigo monitoriza qualidade da água do rio Douro

O município de Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, está a proceder à monitorização da qualidade da água do rio Douro, no âmbito de um projeto europeu denominado “Rios Potáveis”, foi hoje anunciado.

A Plataforma de Ciência Aberta – Município de Figueira de Castelo Rodrigo integra o projeto europeu “Rios Potáveis” (“Drinkable Rivers”) e realizou, no dia 21 de outubro, as primeiras medições para analisar a qualidade da água do rio Douro, junto ao cais fluvial de Barca D’Alva, naquele concelho.

A autarquia refere em comunicado hoje enviado à agência Lusa que faz parte dos 32 “Laboratórios de Água” (“WaterLab Hubs”), espalhados por 14 países diferentes, “que nas últimas três semanas mobilizaram 640 pessoas para monitorizar 36 rios, num esforço conjunto pela saúde dos rios europeus e dos ambientes que os rodeiam”.

De acordo com a nota, “ao longo do próximo ano, a equipa da Plataforma de Ciência Aberta, em conjunto com a comunidade local, irá repetir, a cada mês, este conjunto de análises ao rio Douro, o que vai permitir monitorizar de forma regular e sistemática a qualidade da água e perceber, por exemplo, como poderá ser modificada pelo turismo fluvial”.

“Em cada uma destas sessões, convidamos a comunidade local a juntar-se a nós”, refere Ana Peso, da Plataforma de Ciência Aberta.

A responsável, citada no comunicado, lembra que “as primeiras medições foram feitas em conjunto com o presidente da Câmara e equipa, e com a direção e professores do Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo”.

“Para as próximas sessões de 2019, que irão acontecer em novembro e dezembro, convidamos a comunidade de Barca D’Alva e os professores e alunos do Agrupamento de Escolas a embarcar, literalmente, neste projeto, para analisar a água do Douro”, remata.

A próxima sessão será no dia 13, com a participação dos alunos do 1.º ciclo de ensino básico da Freguesia de Escalhão, a que pertence a localidade de Barca D’Alva.

“Gostaríamos de desafiar os municípios ao longo do rio Douro, desde Barca D’Alva até ao Porto, a juntarem-se a nós. É fundamental garantir a qualidade da água do rio Douro e para isso é necessário perceber primeiro o seu estado de saúde e, ao mesmo tempo, envolver as populações dos nossos concelhos”, refere o autarca de Figueira de Castelo Rodrigo, Paulo Langrouva.

“Rios Potáveis” é um projeto internacional de ciência cidadã que envolve as populações locais para monitorizar a qualidade da água dos seus rios.

“A partir de uma colaboração com a Universidade de Tecnologia – Delft e com a Universidade de Wageningen, ambas na Holanda, este projeto permite medir um conjunto vasto de parâmetros, como a dureza da água, conteúdo em nitratos e fosfatos, quantidade de minerais, número de bactérias E. coli (para detetar contaminação fecal na água), bem como analisar a paisagem envolvente”, conclui a nota.

A Plataforma de Ciência Aberta, inaugurada em julho de 2017, em Barca D’Alva, junto ao rio Douro, surge como o primeiro centro da rede internacional Open Science Hub, numa parceria entre o município de Figueira de Castelo Rodrigo e a Universidade de Leiden (Holanda), inserido numa rede global de parceiros de vários países europeus.


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