A Covilhã vai ser palco, entre os dias 19 e 22 de setembro, a 12.ª edição do Festival da Cherovia, certame que visa promover este produto endógeno da região, que faz lembrar uma cenoura branca e que sempre foi cultivado no concelho.
Organizado pela Banda da Covilhã, pela Associação Deserturna e pela Câmara da Covilhã, em parceria com várias entidades, o evento agrega animação, tasquinhas, gastronomia e concertos, e tem vindo a crescer ao longo dos anos.
“Esta será a melhor edição de sempre, quer em expositores, quer em animação, quer no número de artistas”, afirmou, na apresentação do festival, Eduardo Cavaco, presidente da Banda da Covilhã e principal promotor da iniciativa.
Segundo referiu, este ano o certame alarga-se a mais duas ruas do centro histórico e continua a ser uma oportunidade para dar a conhecer o património histórico e cultural daquela zona ou de ficar a conhecer algumas das principais obras de arte urbana da cidade, isto ao mesmo tempo que se visitam as tasquinhas e o artesanato que é apresentado ao longo dos quatro dias.
Com um reforço da componente da restauração, o certame terá este ano cerca de 83 espaços a funcionar e, muitos deles, será possível provar diferentes receitas de cherovia, o produto ex-líbris da festa.
Rica em vitamina C, potássio, fósforo e magnésio, a cherovia sempre foi um produto usado na gastronomia da Cova da Beira, mas que era praticamente desconhecido no resto do país.
A dinamização do evento tem contribuído para a afirmação gastronómica desta raiz e para o aumento da produção, que aumentou muito significativamente nos últimos 12 anos.
Segundo os dados recolhidos pela organização, quando o evento começou, a produção de cherovia rondava as seis toneladas e agora já ultrapassa as 20.
Além disso, “ainda há uma grande margem de crescimento” e a aposta na promoção do produto mantém-se com a apresentação de diferentes receitas e novas iguarias à base de cherovia.
Entre as propostas deste ano estará o hambúrguer de cherovia, com chouriço da serra e vitela, a tarte de cherovia com javali, veado e coelho bravo, e ainda o estaladiço com doce de cherovia, apresentados pelo ‘chef’ Carlos Martins, na Tasquinha do Ti Carlos.
O principal produtor de cherovia do concelho, Daniel Almeida, também estará presente com uma banca em que vai comercializar cherovia ao natural, cherovia laminada e pronta a cozinhar e cherovia embalada em vácuo.
Está ainda incluído o lançamento do mel de cherovia, produzido pela empresa covilhanense Apistar, num cruzamento entre o mel de rosmaninho e cherovia desidrata.
A marca “I Love Covilhã” também se junta à festa, com vários produtos de ‘merchandising’ nos quais se vê o desenho de uma cherovia a fazer a vez do vocábulo inglês “I”.
Outra das novidades prende-se com a aposta ecológica, através da introdução de copos reutilizáveis.
Na animação, o certame diferencia-se pela forte aposta nos artistas e grupos locais e tem ainda a característica de agregar outros eventos. É o caso do 24.º Festival de Ranchos Folclóricos, que é organizado pelo Grupo Recreativo Vitória de Santo António, bem como o Festival de Tunas, promovido pela Desertuna, bem como o Festival de Bandas que é dinamizado pela Associação Académica da Universidade da Beira Interior e ainda o Festival de Bandas Filarmónicas, organizado pela Banda da Covilhã.
Parcerias que foram destacadas pelo vereador do Associativismo na Câmara da Covilhã, José Miguel Oliveira, que lembrou ainda que este é “um festival em que a Covilhã se mostra no seu todo”.