Tudo indica que o número de jovens candidatos ao ensino superior irá aumentar este ano. O período de candidaturas à 1ª fase – a que reúne mais registos – terminou esta quarta-feira e os dados da Direção-Geral do Ensino Superior mostram que houve mais 1349 estudantes a candidatar-se do que em 2015. Ao todo foram 49.655.
Se este aumento se repetir nas duas fases subsequentes, o número total de candidatos a um lugar numa universidade ou politécnico público via concurso nacional de acesso aumentará pelo terceiro ano consecutivo.
Para já, só é possível fazer previsões. E essas são positivas já que na 2ª fase dos exames nacionais (regra geral quem os fez nesta etapa só pode apresentar-se à 2ª fase do concurso) também se realizaram mais provas do que em 2015.
Nesse ano, houve um total de 54.450 jovens a concorrer no final das três fases.
Além do concurso nacional de acesso, normalmente destinado a quem acabou de concluir o ensino secundário, o Ministério da Ciência e Ensino Superior espera assistir a um aumento de entradas no ensino superior por outras vias, nomeadamente nos cursos Técnicos Superiores Profissionais (Tesp).
Estas formações mais curtas (dois anos), mais profissionalizantes e dadas exclusivamente no ensino politécnico não requerem a realização de exames nacionais como prova de acesso.
Apesar de não darem direito a um grau académico, dão direito a um diploma de ensino superior e a transição para uma licenciatura vai ser mais fácil. As novas regras, que apenas aguardam publicação em “Diário da República”, ditam que passem a ser as instituições de ensino a definir as regras.
O Ministério espera ter 10 mil alunos a frequentar um Tesp no próximo ano letivo. Depois há ainda que contar com as entradas através de outros concursos especiais, como o destinado aos maiores de 23 anos ou para estudantes internacionais.
Os resultados das candidaturas à 1ª fase do concurso nacional são conhecidos a 12 de setembro.