Maria Neto, arquiteta formada na Universidade da Beira Interior (UBI), venceu a 11.ª edição do Prémio Fernando Távora, galardão organizado pela Ordem dos Arquitetos – Secção Regional do Norte. A antiga aluna da UBI conquistou o júri com a proposta “As cidades invisíveis de Dadaab”, trabalho centrado naquele que é considerado o maior campo de refugiados do mundo, situado no Quénia.
Maria Neto, diplomada em Arquitetura pela UBI, é atualmente investigadora do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.
A proposta apresentada a concurso, ao qual concorreram 17 projetos e cujo vencedor foi anunciado na noite de ontem, dia 4 de abril, “distingue-se por remeter para a própria essência da arquitetura: o abrigo”, justifica o júri de acordo com Ordem dos Arquitetos – Secção Regional do Norte, na sua página do Facebook. No mesmo espaço online, Maria Neto afirma que “a arquitetura de emergência é uma necessidade atual e real “.
A arquiteta nascida em 1986 vai agora ter oportunidade de concretizar o projeto no campo de refugiados onde se encontram maioritariamente somalis, uma vez que o Prémio contempla uma bolsa de viagem de 6.000 euros para esse fim. Os resultados do trabalho realizado em África deverão ser apresentados a 3 de outubro, na Câmara de Matosinhos, na data em que se assinala o Dia Mundial da Arquitetura.
O Prémio Távora realiza-se todos os anos, desde 2005, e está aberto aos membros da Ordem dos Arquitetos. É promovido pela Secção Regional do Norte da instituição, Câmara de Matosinhos e associação Casa da Arquitetura. Fizeram parte do júri que distinguiu Maria Neto os arquitetos Daniel Couto, Inês Lobo (Casa da Arquitetura), Cláudia Costa Santos (Ordem dos Arquitetos), a coreógrafa Olga Roriz e Maria José Távora, da família do homenageado com a realização do concurso.