A Universidade da Beira Interior (UBI) participou este ano pela primeira vez no U-Multirank, um relatório internacional dinamizado no seio da União Europeia que avalia vários parâmetros de instituições de Ensino Superior de todo o mundo. A Academia foi analisada nas áreas de Ciências da Saúde, Informática e Psicologia, definidas para a avaliação deste ano, tendo conseguido os melhores resultados em alguns itens relacionados com a Investigação, Orientação Internacional e Envolvimento Regional.
Nas cinco categorias principais, que se dividiam em 31 itens, a UBI consegue a nota 2 (numa escala de 1 a 5, em que o melhor é o 1) no Tempo de Graduação (Ensino e aprendizagem), e três notas 1 em Investigação, uma em Transferência de Conhecimento, duas em Orientação Internacional e uma em Ligação Regional.
Oportunidade de aprender com esta participação e perceber onde é que a UBI pode melhorar. Resume-se desta forma a avaliação que Paulo Moniz faz dos resultados que foram conhecidos na segunda-feira, dia 30, e que incluem mais de 1200 universidades de 80 países. O vice-reitor para a área da Investigação admite que gostaria de obter uma avaliação global superior, mas, sobretudo, fica identificado “onde se pode ser melhor”. Trata-se de “informação que fica”, sublinha e que pode ser utilizada no futuro.
Por exemplo, no caso do mestrado integrado de Medicina, que será em breve avaliado pela A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior e com os dados do U-Multirank, “permitem saber o que fazer para a análise ser ainda melhor”.
“É preciso competir e estar nos melhores grupos para termos as melhores unidades, captar mais dinheiro e atrair alunos do estrangeiro. Há aqui aspectos que depois podemos desenvolver, como a proximidade do ensino com os alunos”, salienta Paulo Moniz, destacando: “A UBI oferece uma proximidade maior e se não estamos tão bem em algumas categorias, podemos aparecer bem noutros como a proximidade e rapidez no empenho do nosso ensino. Quando um jovem, no Brasil ou em Portugal procura uma instituição pode seguir indicadores como a rapidez de acabar o curso; a proximidade e a disponibilidade do corpo docente em receber os alunos”.
Uma aprendizagem que poderá resultar em melhores resultados também no estudo agora divulgado, que resultou de dados fornecidos pelas próprias instituições, que depois foram submetido à análise dos responsáveis do consórcio que elabora o relatório.
Para os próximos anos a Universidade da Beira Interior poderá também afinar os dados fornecidos, ainda que este ano a equipa que tratou este processo ter “feito um bom trabalho e atempadamente”. Estiveram envolvidos os gabinetes de Qualidade, Saídas Profissionais, Internacionalização, Serviços Académicos e as três faculdades com departamentos avaliados.
PELA PRIMEIRA VEZ NO U-MULTIRANK
Esta foi a primeira vez que a UBI participou naquilo que Paulo Moniz considera ser um ranking “muito aberto”, que não tem “primeiros nem segundos”. “Deixo às pessoas, aos colegas, aos funcionários, a todos os cidadãos os dados para fazerem as suas análises.
No próximo ano a Academia voltará a estar no U-Multirank, que se centra apenas nos primeiro e segundo ciclos, desta vez na Sociologia, Biologia e Química. Nesta última vertente, com Bioquímica e Biotecnologia.
Áreas que serão incluídas no relatório – previamente definidas pelos avaliadores – e que terão de ficar de fora no caso da UBI serão História, Matemática e Serviços Sociais, por não existirem na instituição.
O U-Multirank foi implementado pela União Europeia e é realizado por um consórcio independente liderado pelo Centro de Educação Superior alemão e que inclui instituições da Holanda.