“Mais uma vez nos vemos confrontados com o não pagamento do salário. Mais uma responsabilidade é do Governo”, disse à Lusa José Branquinho delegado sindical do STFPS.
O sindicalista afirma que este é problema criado pelos sucessivos governos, já que fundação foi instituída pelo Governo PS de José Sócrates e o Governo do PSD de Passos Coelho deu posse ao conselho de administração.
“Ao longo dos últimos três anos algumas pessoas diziam que a criação de uma fundação para gerir o Museu do Côa (MC) e o Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) contribuiria para que se pudesse acentuar um projeto cultural da região. Veio-se a verificar que esta estrutura é um poço de problemas”, acrescentou.
Há já “largos meses” que os salários dos trabalhadores da Fundação Côa Parque “têm sofrido atrasos no seu pagamento, como o subsídio de férias foi pago com uma semana de atraso”, exemplificou o sindicalista.
Os membros fundadores da Côa Parque são a Direção-Geral do Património Cultural, ministérios da Economia e do Ambiente, Câmara de Vila Nova de Foz Côa e Associação de Municípios do Vale do Côa.
Caso o Governo não cumpra com as suas obrigações com os trabalhadores da Fundação Côa Parque, estes garantem que serão tomadas “medidas de luta”, referiu a fonte, adiantando que está marcado em plenário de trabalhadores para as 18 horas de hoje.
“Trata-se de uma situação muito grave para quem trabalha, um desrespeito e uma falta de consideração por um corpo de funcionários que já foi dado como exemplar na administração pública”, frisou José Branquinho.
Na opinião do dirigente sindical, este é mais um episódio que se tem repetido demasiadas vezes e que degrada a imagem da instituição e põe em causa o seu futuro e o seu património.
A Agência Portuguesa do Ambiente, dependente do Ministério do Ambiente, mantém uma dívida de mais 100 mil euros para com a Fundação Côa Parque, enquanto outro fundador, a Câmara de Vila Nova de Foz Côa deve 17.000 euros, entre outros.