Territórios de baixa densidade com apoios específicos ao investimento

Está a ser desenvolvida a possibilidade para os territórios de baixa densidade de criação de apoios para projetos que não ultrapassem os 235 mil euros.

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, anunciou na passada sexta-feira, em Castelo Branco, o desenvolvimento de um programa de apoio ao investimento para os territórios de baixa densidade para projetos até 235 mil euros.
“Em relação aos territórios de baixa densidade, há preocupações grandes com esta questão e estamos a desenvolver um programa de apoio para projetos de investimento nestes territórios”, afirmou.
A presidente da CCDRC, que falava no Centro de Empresas Inovadoras (CEI) de Castelo Branco, durante a apresentação da iniciativa “Vale de Incubação”, explicou que está a ser desenvolvida a possibilidade para os territórios de baixa densidade de criação de apoios para projetos que não ultrapassem os 235 mil euros, apoios esses a título não reembolsável e com taxas atrativas.
“No fundo, estamos a adequar aos incentivos às características dos territórios, porque ser empresário aqui [território de baixa densidade] é muito mais difícil do que ser empresário em Lisboa, Coimbra ou Leiria”, frisou.
Ana Abrunhosa salientou a necessidade de moldar os incentivos de apoio às características dos territórios e adiantou que brevemente será feita uma iniciativa para divulgar os novos apoios vocacionados para os espaços de baixa densidade.
Adiantou ainda que estes apoios vão ser destinados à criação do próprio emprego ou negócio, sendo que o investidor não precisa de estar desempregado e, em princípio, não terá que estar inscrito no centro de emprego.
“São apoios com características muito diferentes dos que temos até agora, precisamente para adequar estes apoios aos territórios de baixa densidade que merecem aqui um tratamento, não discriminatório, mas diferenciador, porque são territórios onde é muito mais difícil investir, manter os investimentos, criar emprego e manter esses postos de trabalho”, concluiu.
O diretor executivo do Centro de Empresas Inovadoras (CEI) de Castelo Branco, João Borga, apresentou o “Vale Incubação”, uma medida que tem como objetivo apoiar projetos simplificados de empresas com menos de um ano, na área do empreendedorismo através da contratação de serviços de incubação prestados por incubadoras de empresas acreditadas.
Segundo este responsável, as candidaturas têm que ser apresentadas até 30 de dezembro e os projetos não podem ter outras candidaturas referentes à área de inovação produtiva PME.
Trata-se de um incentivo não reembolsável em 75% com um limite de cinco mil euros, sendo que o apoio visa projetos de aquisição de serviços de incubação na área do empreendedorismo, nomeadamente, serviços de gestão, marketing, assessoria jurídica, desenvolvimento de produtos e serviços e serviços de financiamento.

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