Seminário para combater o nemátodo

Director Nacional da AFN participou numa acção da Comissão Florestal do NERGA A Comissão Florestal da Associação Empresarial da Região da Guarda promoveu, na passada quinta-feira, uma acção de sensibilização sobre o nemátodo, a praga que está a ameaçar os pinhais portugueses. Cerca de quatro dezenas de técnicos, de associações florestais e de autarquias, ouviram o director nacional […]

Director Nacional da AFN participou numa acção da Comissão Florestal do NERGA

A Comissão Florestal da Associação Empresarial da Região da Guarda promoveu, na passada quinta-feira, uma acção de sensibilização sobre o nemátodo, a praga que está a ameaçar os pinhais portugueses. Cerca de quatro dezenas de técnicos, de associações florestais e de autarquias, ouviram o director nacional de Defesa da Floresta, da Autoridade Nacional, dizer que é «um problema como o dos incêndios. Temos que conviver com ele, combatê-lo e controlá-lo».
 
Paulo Mateus referiu que, actualmente, o nemátodo está «devidamente compartimentado» e que as autoridades estão a acompanhar a situação. «Estamos no início do problema – que tem pouco mais de 6 meses a nível nacional», disse, considerando que a formação de técnicos e produtores é essencial nesta luta: «Ainda estamos a tempo de actuar e isso passa justamente pelo conhecimento da doença, pois os técnicos têm que saber o que estão a tratar», disse. O responsável reconheceu que, face ao que se passou noutros países, é «irrealista» pensar na erradicação do nemátodo, mas será possível «aprender a viver com ele e controlar a doença». Nesse sentido, o Governo anunciou que vai gastar cerca de seis milhões de euros para evitar o alastramento da praga. Os beneficiários destes apoios são associações florestais, conselhos directivos de baldios e cooperativas de Setúbal, da zona Centro e do Norte, onde foram identificados os principais focos do nemátodo em Portugal.
 
Aí, está a proceder-se ao corte de árvores afectadas e a eliminar outras com problemas. «Penso que estamos a seguir o caminho certo para o controlo da doença», afirmou Paulo Mateus. No caso da Guarda, o director nacional de Defesa da Floresta confirmou que, «para já, ainda não há sinais do nemátodo no distrito». Contudo, a sua presença em pinhais do distrito de Castelo Branco justifica «ainda mais que, na Guarda, nos antecipemos ao problema através da formação dos técnicos», sublinhou. De resto, o «grande receio» das autoridades era que Portugal fosse impedido de exportar madeira de pinho e seus derivados para a União Europeia, o que «está fora de questão», tranquilizou, acreditando que o nemátodo «não causará perdas financeiras reais aos produtores».

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