Património da empresa Carveste adquirido por 240 mil euros

Os ex-trabalhadores da Carveste já foram notificados da intenção de um investidor privado adquirir o património da empresa, pelo valor de 240 mil euros.

Na edição da passada semana, o jornal Notícias da Covilhã cita Marisa Tavares, representante sindical dos trabalhadores, que confirma que “o administrador de insolvência já notificou os trabalhadores, e que a proposta é de 240 mil euros, desconhecendo quem é o investidor”.

Algumas notícias vindas a público especulam que as antigas instalações da empresa de confecções Carveste em Caria poderão servir para um investimento na área do imobiliário. À margem da reunião pública do executivo municipal de Belmonte, o presidente da Câmara recordou, que de acordo com o Plano Diretor Municipal é obrigatório que aquela estrutura continue ligada à atividade industrial, “o que lhe posso dizer é que a classificação que vamos dar aquele área é industrial, estão lá aquelas instalações, está uma oficina grande de automóveis, está uma adega de vinhos, portanto aquela área vai ser definida com área industrial”.

Recordo-lhe que após o administrador de insolvência da Carveste ter proposto a liquidação do património da empresa, a Câmara Municipal de Belmonte manifestou interesse em adquirir o complexo que constituía a antiga confecção para ali se criar uma área de dinamização empresarial em Caria. Para tal, oficializou uma proposta de aquisição no valor de 200 mil euros. Entretanto, um privado terá apresentado uma oferta superior, cobrindo assim a proposta financeira da autarquia.

Em comunicado a Câmara Municipal de Belmonte referiu que “saúda o interesse manifestado, e espera que seja o indicador de um projeto empresarial válido para a recuperação daqueles edifícios e para a reabilitação urgente daquela área. Recordando, que de acordo com o Plano Diretor Municipal é obrigatório que aquela estrutura continue ligada à atividade industrial”.

Para não alimentar eventuais especulações imobiliárias, a Câmara Municipal de Belmonte informou que não iria subir a sua proposta financeira, pois não estava disposta a entrar num sistema de leilão. A autarquia espera que “a proposta agora apresentada venha ao encontro do esperado por parte dos trabalhadores, e que possa dar um novo futuro àquele património industrial, criando novas actividades e novos postos de trabalho, em prol da economia local”.


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