Ministro: Abandono do território é um dos maiores problemas

Floresta O ministro da Agricultura lamentou hoje as dificuldades que o abandono dos territórios e o envelhecimento populacional colocam à gestão florestal, sublinhando que o maior desafio neste domínio é dar à floresta “condições de ser usufruída pela população”. Segundo António Serrano, os maiores problemas de gestão das florestas não passam por limitações financeiras, já […]

Floresta

O ministro da Agricultura lamentou hoje as dificuldades que o abandono dos territórios e o envelhecimento populacional colocam à gestão florestal, sublinhando que o maior desafio neste domínio é dar à floresta “condições de ser usufruída pela população”.

Segundo António Serrano, os maiores problemas de gestão das florestas não passam por limitações financeiras, já que no último quadro comunitário foram recebidos cerca de 600 milhões de euros e, no atual, estão em causa 400 milhões até 2015.

“Tem de haver recursos para investir e isso sempre houve e existe no presente, mas precisamos de muito mais do que isso, porque temos uma estrutura do território abandonada – mais de 20 por cento do território está abandonado – e um envelhecimento da população, dos proprietários e de quem trabalha na terra muito grande”, disse o ministro.

O responsável, que tutela também o Desenvolvimento Rural e as Pescas, falava na cerimónia oficial das comemorações do Dia Mundial da Floresta, no Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa.

Um dos instrumentos usados para levar pessoas para estas zonas é a criação de zonas de intervenção florestal (ZIF), áreas contínuas e delimitadas submetidas a um plano de gestão específico e geridas por uma única entidade.

“Já temos cerca de 150 ZIF constituídas, estão perto de 800 mil hectares. Acho que no próximo ano poderemos ter mais de um milhão de hectares geridos desta forma, que implica juntar proprietários de menor dimensão, mais idosos e dar responsabilidade de gestão a cada entidade”, referiu o ministro.

António Serrano sublinhou que, por mais soluções que o executivo tome para combater o impacto da falta e do envelhecimento da população e o facto de as propriedades serem quase indivisas, nunca serão suficientes se os portugueses não tiverem consciência de que a proteção florestal é uma “responsabilidade de todos”.

No âmbito das comemorações, foram entregues a cinco produtores novos contratos do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODEC) e foi assinado com a Câmara de Lisboa um protocolo para apoio à criação de um centro de interpretação ambiental em Monsanto.

António Serrano visitou parte do parque lisboeta na companhia do secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Rui Pedro Barreiro, do presidente da câmara, António Costa, e do vereador do Ambiente, José Sá Fernandes.


Conteúdo Recomendado