Incumprimento das famílias volta a níveis anteriores ao resgate

Contexto internacional favorável está a ajudar portugueses a pagar a tempo. Últimos meses têm trazido quedas constantes das prestações em falta.

Desde 2010 que não se viam números assim. No terceiro trimestre deste ano, havia 636.578 famílias portuguesas com prestações de créditos em atraso, o total mais baixo desde o pedido de resgate externo e a segunda queda trimestral consecutiva.

Dados divulgados pelo Banco de Portugal dão conta de um crescente cumprimento das obrigações, impulsionado pelo ambiente de baixas taxas de juro e a queda do desemprego. Os empréstimos ao consumo registaram a maior queda no incumprimento, mas a tendência de descida alargou-se ao crédito para compra de casa.

“É possível que a tendência se mantenha dado que o contexto financeiro se mantem propício – taxas de juro muito baixas – e as tendências macro favoráveis – desemprego em queda, atividade económica a progredir”, garante Paula Carvalho, economista do BPI.

Graças ao maior número de famílias com prestações em dia, a carteira de crédito malparado da banca nacional caiu ligeiramente, fixando-se em setembro num total de 5.358 milhões de euros, revela o Jornal de Negócios.


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