Deputados do PS questionam Governo sobre futuro do Centro Educativo do Mondego

Os deputados do PS eleitos pelo círculo eleitoral da Guarda, Santinho Pacheco e Maria Antónia Almeida Santos, anunciaram na passada sexta-feira que questionaram o Governo sobre o futuro do Centro Educativo do Mondego (CEM) e dos seus trabalhadores.

No documento dirigido à ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, os eleitos do PS perguntam “qual a estratégia do Governo para o CEM após a transferência dos jovens ali internados” e se pode aquele estabelecimento “evoluir” para uma unidade sénior ou feminina do Centro Prisional da Guarda.

Santinho Pacheco e Maria Antónia Almeida Santos também querem saber “que respostas pode o Ministério [da Justiça] dar aos trabalhadores do CEM em relação ao seu futuro” e “se podem ou não ser todos integrados pela nova estrutura prisional a ser criada naquelas instalações”.

Os deputados eleitos pelo círculo eleitoral da Guarda lembram no requerimento enviado através da Assembleia da República que há um ano apresentaram uma pergunta à ministra da Justiça sobre o futuro do CEM e a salvaguarda das instalações e manutenção dos postos de trabalho.

Na altura, era sublinhado que o distrito da Guarda “não podia perder nem mais um único dos serviços públicos instalados no seu território e que é ao Estado e à Administração Pública Central e Local que cabe a tarefa de criar e manter o maior número possível de postos de trabalho por forma a dar tempo à preparação de uma estratégia de coesão territorial que envolva o investimento privado”, recordam.

Os eleitos socialistas regressam agora ao assunto ao tomarem conhecimento de que terá sido feita, a alguns trabalhadores e técnicos, “uma proposta de mobilidade para outros Centros Educativos na zona de Lisboa”.

Explicam que as estruturas representativas dos trabalhadores “desconhecem em absoluto o futuro daquele serviço e o seu próprio futuro”, salientando que “tudo o que há são rumores preocupantes”.

O encerramento do CEM, situado na freguesia de Cavadoude, no concelho da Guarda, motivou a criação de uma petição na internet, dirigida ao Presidente da República, ao presidente da Assembleia da República, ao primeiro-ministro, à ministra da Justiça e aos grupos parlamentares na Assembleia da República.

Os autores apelam ao Governo que “mantenha em funcionamento o único Centro Educativo do interior do país” e que garanta que os funcionários “mantêm a estabilidade familiar, profissional e residencial a que têm direito”.


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